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Henrique Dias

Era o que Faltava

Temporada 3

12 outubro, 2021

Henrique Dias

Era o Que Faltava, de segunda e sexta, às 20h, na Rádio Comercial, com o João Paulo Sousa e a Ana Martins!

“Eu acho que se pode fazer qualquer tipo de humor não sendo preguiçoso”

Já foi “o advogado mais infeliz do mundo”, mas agora é o criador de uma das séries mais faladas do momento. O guionista Henrique Dias foi ao Era o Que Faltava e falou sobre os diferentes tipos de humor: “há o humor preguiçoso e o humor não preguiçoso. O mesmo humor que as pessoas podem achar que é mais básico, se não for feito de forma preguiçosa, pode ser muito bom. Agora, preguiçoso é que eu não tenho paciência, coisas que são feitas tipo: “epá põe aí uma peruca e bora fazer umas palhaçadas”, enerva-me profundamente”.

Ao falar sobre o início da sua carreira, e como é que acabou por deixar a advocacia para entrar no mundo da comédia e da ficção, Henrique Dias falou sobre um dos seus grandes amigos, Eduardo Madeira: “foi meu colega de secundário e nós já fazíamos sketches e essas coisas todas e gostávamos muito daquilo. Então um dia, num jantar de um amigo comum, estávamos a fazer as nossas palhaçadas, que fazíamos sempre, e o João Quadros estava lá. Ele disse-nos: ‘Opá vocês têm graça! Eu trabalho numa coisa que é as produções fictícias, vocês não querem tentar escrever uma coisa para lá?’. Não fazia a mínima o que aquilo era nem nunca tinha escrito nada, estava só a jantar, a fazer palhaçadas e a beber copos! Mas no dia a seguir falei com o Eduardo e disse-lhe: ‘epá, aquele tipo que falou connosco ontem, vamos tentar escrever alguma coisa? O primeiro texto que escrevemos foi o “Onde é que estavas no 25 de abril” do Baptista Bastos.”

O guionista falou também do mais recente projeto, “Pôr do Sol”, mas relembrou também os mais antigos, como o Telerural: “Eu lembro-me que na altura o Markl foi dos que mais incentivou e que mais disse: “isto é muito bom”. No início foi rotulado como uma coisa um bocado básica, porque as pessoas iam sempre para a primeira leitura que era: os tipos com sotaque, com uma monocelha e com umas rosetas. Mas se ouvissem o que se dizia, aquilo não era preguiçoso. Eu acho que se pode fazer qualquer tipo de humor não sendo preguiçoso”.