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Miguel Ângelo

Era o que Faltava

Temporada 3

11 fevereiro, 2022

Miguel Ângelo

Foi a vez do Miguel Ângelo no Era o Que Faltava!

“Por mais pessoas que digam “não, não vás por aí”, continua a fazer. É persistência. Uma voz original e persistência”

Tem 55 anos, quase 40 de carreira e prepara-se para um regresso dos Delfins em 2022. O músico Miguel Ângelo teve “a sorte” de viver em Cascais, “onde se deram os primeiros concertos pós 25 de Abril”. E foi aí, com 8 anos de idade, a ver concertos como Genesis, Punk, New Waive, Ramones e Clash, que disse “quando for grande é isto que eu quero fazer”.

Veio ao Era o Que Faltava conversar com o João Paulo Sousa e a Ana Delgado Martins e conta como foi o início dos Delfins: “Nós impusemos uma disciplina que foi incrível”. Miguel tinha apenas 16 anos e já ensaiava “todos os dias menos ao domingo, entre as 9 e um quarto da noite até perto da meia noite. Se queremos ir a algum lado, temos que levar isto muito a sério”.

Seguiram-se anos marcados por temas como “Um Lugar ao Sol”, “A Queda de um Anjo”, “Sou Como um Rio”, “Baía de Cascais”, “Nasce Selvagem” e “Aquele Inverno”. O músico conta a história desta última: “Eu era fã de filmes americanos do Vietname e o Fernando Cunha também. Começamos a pensar: ‘bolas, nós sabemos mais da guerra do Vietname do que da guerra dos nossos tios, pais e avós.’ Era um grande tabu falar da Guerra Colonial. E nós dissemos: ‘epá, se calhar devíamos falar sobre isto, sem tabus. A nossa geração devia tentar perceber o que aconteceu... E é assim que nasce o “Aquele Inverno”.

Atualmente, para além de músico, é também professor na Escola de Tecnologias Inovação e Criação, do curso de Produção Musical. Aos alunos, ensina que “o truque é não ouvirmos ninguém, mas ouvirmos a nós próprios. Se acharmos que esse é o caminho, por mais pessoas que digam ‘não, não vás por aí’, continua a fazer. É persistência. Uma voz original e persistência”.