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Clara de Sousa

Era o que Faltava

Temporada 3

20 maio, 2022

Clara de Sousa

Chegou meia hora mais cedo e antes da conversa disse que não tinha nada de interessante para contar.

“Quando tens uma boa imagem, acham sempre que estás ali por ter uma carinha laroca”

Chegou meia hora mais cedo e antes da conversa disse que não tinha nada de interessante para contar. A verdade é que cinquenta e cinco minutos depois, Clara de Sousa não deixou nada por dizer e “não fugiu a qualquer pergunta”.

Sendo mulher, sentiu sempre que tinha de fazer mais. “Eu apanhei o jornalismo numa fase de transição (…) era claramente uma profissão de homens”. A jornalista confessa que na altura, e ainda hoje, as pessoas tendem a achar que se uma pessoa está numa determinada posição é porque se deve a outros fatores que não o talento. “Quando tens uma boa imagem, acham sempre que estás ali por ter uma carinha laroca”.

Em casa, revela que se emociona muito com algumas notícias. “Quando desligo o meu botão de estar a trabalhar e estou em casa, aí é muito fácil veres-me constantemente emocionada”. Em trabalho, diz estar a representar toda a redação e a postura já é diferente. “Há ali qualquer coisa enquanto profissionais que faz com que todos os meus sentidos estejam alerta para não me deixar emocionar tanto”.

Clara de Sousa destaca a função nobre do jornalismo na sociedade e diz trabalhar todos os dias para honrar a profissão. “O jornalismo tem um poder transformador. Ajuda a pensar, a serem cidadãos civicamente mais responsáveis, atuantes. Eu acho que estamos a fazer um favor à democracia e a toda a população”.