O primeiro movimento solidário que levou os vizinhos do largo portuense à janela foi para aplaudir os profissionais de saúde que, para o bem de todos nós, continuam a dar o melhor que são na linha da frente no combate à Covid-19. Eram 22h00, do dia 14 de março, quando íamos acordando para uma estranha nova realidade. As palmas serviram para dar força à luta. Nessa noite, o movimento de aplausos replicou-se por muitos largos e ruas de todo o país, mas, no largo Curso Silva Monteiro, todas as noites, às 22h00, as varandas e janelas continuam a ser o ponto de encontro para levantar o espírito e amenizar eventuais sentimentos de solidão. Canta-se em português, com a pronúncia do norte.
Rita Rugeroni conversou hoje com uma das impulsionadoras do movimento "Às dez no largo". Leonor Cabral falou da dinamização da iniciativa e explicou como é que continuam a fazer do largo portuense um palco improvisado, onde se ouvem, todos os dias, canções do espólio musical português. A primeira foi 'Porto Sentido', de Rui Veloso, claro, mas já houve espaço no reportório para Xutos & Pontapés, Pedro Abrunhosa, António Zambujo, GNR, José Cid, Quinta do Bill, entre outros. "Alguns destes artistas mandaram mensagens de esperança a todos os vizinhos do largo. É sempre um momento muito emocionante", contou Leonor Cabral. Sim, Pedro Abrunhosa, José Cid ou António Zambujo já enviaram mensagens positivas que ecoaram no largo para todos ouvirem. Rui Veloso partilhou, nas redes sociais, o momento em que se ouviu o seu 'Porto Sentido' e os GNR emocionaram-se com as vozes unidas a cantar 'Pronúncia do Norte'.
Pode ouvir em baixo a entrevista:
Recolhemos alguns momentos do que vai acontecendo por estas noites no largo portuense:
