Um caso da doença em Goma, e suspeitas quanto ao possível contágio de cidadãos do Uganda, por uma mulher congolesa que posteriormente morreu do vírus, levaram a Oorganização Mundial de Saúde (OMS) a considerar que o atual surto de Ébola na República Democrática do Congo merece ser considerado "uma emergência sanitária internacional".
É a quinta vez na sua história que a Orgagização da ONU para a Saúde mundial emite esta declaração, a qual inclui recomendações quanto às ações preventivas a tomar e que poderá desbloquer fundos desesperadamente necessários para combater o vírus.
A notícia foi divulgada através da conta de Twitter da organização e aponta as preocupações com a expansão geográfica da doença como fundamento para esta decisão.
Today the @WHO Emergency Committee recommended that I declare the #Ebola outbreak in #DRC a public health emergency of international concern. I have accepted that advice. Now it's time for the international community to show solidarity with the people of DRC, not to isolate them.
? Tedros Adhanom Ghebreyesus (@DrTedros) 17 de julho de 2019
A decisão foi tomada depois de se confirmar que a doença já tinha chegado a Goma, a cidade mais povoada e estratégica de todas as afetadas até agora, e que está a 20 quilómetros da fronteira com o Ruanda, o que aumenta o risco de uma propagação da epidemia.
O comité tem a missão de fazer uma recomendação formal ao diretor-geral da OMS, se é para manter o nível de alerta atual ou se será para elevá-lo, declarando emergência sanitária internacional, face à crise do Ébola, que já provocou 1.676 mortos, registando 12 novos casos a cada dia.
Este surto, o segundo mais mortífero na história, é apenas ultrapassado pela epidemia que entre 2014 e 2016 atingiu a África Ocidental e que matou mais de 11.300 pessoas.