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Filme-concerto de Aretha Franklin estreia 46 anos depois

Um dos grandes documentários perdidos da história vai finalmente ver a luz... do projetor.

Filme-concerto de Aretha Franklin estreia 46 anos depois

Se durante muito tempo, "Smile" dos Beach Boys foi visto como um dos grandes álbuns perdidos da história, apenas revelado na sua quase totalidade 45 anos depois, o mesmo se poderia dizer de "Amazing Grace" de Aretha Franklin a nível de documentários guardados na gaveta.

Essa espera de "Amazing Grace", que já leva 46 anos, vai finalmente terminar, estreando-se no festival nova-iorquino DOC NYC a 12 de novembro, seguindo-se a distribuição comercial pelo resto do mundo a partir de janeiro de 2019.

O cineasta Sidney Pollack havia filmado o regresso da Rainha da Soul ao santuário de gospel em que crescera, tendo captado os dois concertos de Aretha numa igreja batista de Los Angeles, em janeiro de 1972, com a cantora a interpretar alguns dos grandes espirituais afroamericanos, acompanhado por um grande coro.   

Porém, devido a um problema de sincronização entre som e imagem provocado pela ausência de claquetes, o documentário de Sidney Pollack não foi concretizado à época, como seria esperado. Pouco tempo antes de morrer, o realizador de filmes como "África Minha" (de 1985) empenhou-se para que o projecto fosse recuperado, depois de mais de 30 anos na prateleira. Concluído o plano de sincronização entre som e imagem já depois de Pollack ter falecido, por Alan Elliott, seguiram-se embargos judiciais, a pedido da própria Aretha Franklin, que não autorizara em vida a publicação deste documentário.

A autorização surge agora, por parte de representantes familiares de Aretha Franklin, falecida em agosto deste ano com 76 anos de idade.

O concerto havia sido também registado como um duplo álbum ao vivo, intitulado também como "Amazing Grace", lançado no ano da sua gravação, 1972, e que tornar-se-ia o disco de gospel da história que mais vendeu, mais de dois milhões de cópias ao todo.