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Marta Crawford

Era o que Faltava

Temporada 4

26 setembro, 2022

Marta Crawford

"O clitóris é uma espécie de super-herói feminino"

O clitóris é o único órgão concebido unicamente para dar prazer e tem mais de 8 mil terminações nervosas, o dobro do pénis: “É uma espécie de super-herói feminino”. Marta Crawford é terapeuta sexual e responsável pela exposição “Amor Veneris – Viagem ao Prazer Sexual Feminino”, que pode ver no Palácio dos Anjos, em Algés - uma espécie de museu pedagógico do sexo, onde se referem os três grandes órgãos responsáveis pela excitação da mulher: primeiro, o cérebro; depois, a pele; e, finalmente, o clitóris.  

À conversa com Ana Delgado Martins e João Paulo Sousa no Era o Que Faltava, Marta Crawford desmistificou alguns temas relacionados com a sexualidade, como o facto de “ser preciso ir sempre até ao fim” ou de se achar que a penetração é indispensável numa relação. Segundo a terapeuta, “gostamos de ser das maiorias. Se nós achamos que a maioria tem sexo com penetração, nós também queremos. Portanto, se um homem não consegue ter uma ereção ou uma mulher tem dificuldade em ser penetrada, acham que não há nada a fazer quando estão juntos. Mas têm, porque o corpo dos homens, tal como o das mulheres, é dos pés à cabeça, de um lado e do outro. E os homens quando descobrem que têm muito mais do que um pénis e que têm todo um corpo para vibrar, para sentir, para ter gratificação sexual, são muito mais felizes. É essa a minha prática em consultório, quando os homens dizem que quase que já nem precisam de um orgasmo porque a sensação de excitação e de felicidade, de proximidade e de intimidade são muito importantes para si”.  

Além de sexóloga, Marta Crawford é também terapeuta de casais e cita nesta entrevista à Rádio Comercial o exemplo que José Gameiro costumava dar: “Nós somos todos um cabaz de Natal. À frente as coisas boas, atrás a salsicha e o atum. Portanto quando nós só queremos mostrar o caviar e o champanhe francês e não queremos mostrar que também somos atum, significa que vamos mostrar uma imagem de nós que não é real. É muito difícil aguentar isto ao longo do tempo”.