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Olavo Bilac

Era o que Faltava

Temporada 3

28 abril, 2022

Olavo Bilac

Olavo Bilac esteve no Era o que Faltava à conversa com o João Paulo Sousa e a Ana Martins.

Olavo Bilac esteve no Era o Que Faltava da Rádio Comercial, onde abriu a porta para uma possível reunião dos Santos & Pecadores, que não tocam juntos desde 2014.

“Eu tenho essa vontade, não só eu como os outros elementos. E, muito possivelmente, a reunião poderá vir a acontecer. Temos de nos juntar, ensaiar e perceber como é que está a coisa”, disse o músico, em conversa com Ana Delgado Martins e João Paulo Sousa. Recordando o falecimento de um dos músicos da banda, Rui Martins, em 2021, Olavo Bilac refere poder tratar-se, até, de uma homenagem: “É um bocado por ele também. Tão novo e ter-nos abandonado, acho que ele merece e vai gostar de ver os irmãos juntos, acho que temos esse papel para fazer”.

Olavo Bilac tem tocado a solo desde 2014, juntando sons da lusofonia ao seu trabalho, algo que condiz com as suas próprias raízes. No Era O Que Faltava, o músico recordou a altura em que chegou a Portugal com 8 anos, vindo de Moçambique, onde nasceu - uma situação que considera ter sido muito difícil para os retornados do Ultramar e na qual vê paralelismos com a atual chegada dos refugiados da guerra na Ucrânia.

Foi numa garagem em Cascais que, em 1987, Olavo Bilac fez nascer o primeiro projeto por que todos o reconhecem. Diz que detestava ouvir-se e, por isso, tornou-se baixista dos Santos & Pecadores, até ao dia em que foi empurrado para vocalista.

Olavo Bilac recordou também, nesta conversa, a importância do projeto Resistência no desenvolvimento da indústria musical em Portugal, marcando o início dos grandes concertos em grandes palcos, assim como da relevância do projeto Zeca Sempre: “Ainda há quem diga ‘no tempo do Salazar é que era bom’, mas eles não sabem do que falam”, sublinhando que a liberdade será sempre um valor para a sua vida.

Em digressão pelo país, Bilac tem agora um projeto de homenagem a José Cid que vai passar pelas maiores salas portuguesas, mas garante que os tempos são outros no que toca a rock n’roll: “Antigamente, se calhar, nós acabávamos os espetáculos e íamos para as discotecas, só íamos de manhã descansar… Agora… ‘tá quieto”.