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Gonçalo de Oliveira

Era o que Faltava

Temporada 3

09 novembro, 2021

Gonçalo de Oliveira

“O saco que ele trazia na mão era o presente do Dia do Pai, que ele tinha feito meses antes, sem fazer ideia para quem era”

É ator, produtor, repórter e “Pai Pra Toda a Obra”. Gonçalo de Oliveira esteve no Era O Que Faltava com João Paulo Sousa e Ana Martins, para uma conversa sobre adoção. Iniciou um processo de adoção em 2016 e, dois anos e meio depois, sentiu-se em casa no abraço que deu ao filho Duda. O repórter, de 37 anos, diz que “não há nada que se compare” ao nervosismo dos momentos anteriores a conhecer o filho.

O ator, que está em cena com a peça “Alice: O outro lado da história”, contou que adotar sempre foi um sonho e falou sobre o primeiro encontro com Duda: “Aquilo era um corredor e ele começa a andar, pelo corredor, e trazia um saco na mão. Isto foi dia 12 de novembro de 2018. O saco que ele trazia na mão era o presente do Dia do Pai de 2018, que ele tinha feito meses antes, sem fazer ideia para quem era”. Gonçalo de Oliveira emocionou-se e disse que, no momento em que Duda lhe saltou para o pescoço, o mundo parou: “tu sentes que a vida ganha todo um novo significado”.

O “Pai Pra Toda a Obra” é homossexual e considera que o preconceito, seja ele qual for, “só se desconstrói de dentro para fora”. Porém, Gonçalo de Oliveira deixa a nota que “nem sempre o que as pessoas nos querem dizer é forçosamente para nos fazer mal ou para nos magoar” e explica que “há imenso preconceito, mas nem tudo vem de um lugar de preconceito”.

Gonçalo de Oliveira educa Duda no sentido de este perceber que “qualquer família é família”. O “Pai Pra Toda a Obra” está consciente de que o filho pode sofrer algum tipo de discriminação por ter pais homossexuais, mas garante que esse preconceito “é igual a quem usa óculos, é gordo ou magro”.

No Era O Que Faltava, o produtor explicou também como é o processo de adoção, desde o preenchimento do formulário com as características pretendidas (idade, género, questões biológicas e psicológicas das crianças, etc), até à fase de acompanhamento médico, psíquico e socioeconómico dos potenciais pais.