Pedro Ribeiro (com Exclusivo Online)

"As pessoas não utilizam a Rádio Comercial, as pessoas sentem-se parte dela!'"

Pedro Ribeiro, intuitivo, vê à frente do tempo e vive com o coração na boca. Espalhem a notícia: nos 42 anos da Comercial, está cá o chefe.

Amante do bom e do belo, também teria sido feliz a jogar à bola no Maracanã ou a cantar bossa-nova, daquela com poemas bonitos. Comove-se com os filhos, com a Rita, com a mãe, com a equipa, com o mundo. Acorda cedo há demasiado tempo mas vale tudo para criar um laço invisível com quem o ouve. 

Pedro diz que os ouvintes “não utilizam a Rádio Comercial, as pessoas sentem-se parte dela, (...) e têm aquela coisa clubística quase”. Sentem-se tão parte dela que quando o veem na rua, muitas vezes dizem “epá, oh Ribeiro, dá cá um abraço!”, “é muitas vezes comovente, é uma coisa surpreendente”. Conta que os ouvintes lhe dizem “você não me conhece, mas eu já o oiço há tanto tempo, vocês são família”. 

Apesar de fazer rádio há muitos anos, diz que quando não pode ir “eu fico doente”. Conta que há pouco tempo teve que faltar, mas nesse dia “acordei com um peso na consciência, eu tenho que dar o exemplo, essa autoconsciência ajudou-me muito ao longo deste tempo, também me ajudou a ser muito disciplinado”. 

Quando lhe perguntaram se se gostava de se ouvir, o Pedro responde “não! Porque é muito embaraçoso, eu tenho vergonha, faz-me impressão”. Acrescenta, “tenho insegurança o suficiente para nos dias em que não faço manhãs, não oiço” e explica porquê, “é uma insegurança tremenda, porque penso, eu estou a ouvi-los e a pensar, isto ouve-se bem, eu podia não ir que ninguém notava, eles não precisam de mim. Então fico nessa insegurança”.