José Luís Peixoto (com Exclusivo Online)

Vários leitores foram de propósito a Galveias por causa do romance de José Luís Peixoto

José Luís Peixoto é o mais jovem vencedor do prémio José Saramago. É metaleiro. É alentejano. Na claustrofobia da pandemia, lançou dois livros: “Regresso a Casa”, só com poemas e “Almoço de Domingo”, um romance biográfico sobre o fundador do império dos cafés Delta, Rui Nabeiro.

Não é só em Portugal que os livros de José Luís Peixoto são conhecidos. O romance “Galveias”, nome da sua terra natal, “foi um êxito enorme no Japão, chegou a estar em 6º lugar lá do top, o que é muito bom”. O romance chegou mesmo a atrair pessoas à freguesia alentejana: “Já houve um leitor japonês que foi a Galveias, mas que eu saiba foi o único. Também já houve um leitor colombiano que veio de propósito a Galveias, é incrível”.

O livro “Morreste-me”, que fala sobre o luto, está traduzido em arménio, hindi e em junho vai sair no Bangladesh. José Luís Peixoto diz que “é muito impressionante porque estamos a falar de um tema que é a morte, que não é tão universal assim, ou seja, tem vivências culturais bastante distintas em diversas partes do mundo”, no entanto, “em todos os casos, o afeto, o sentimento do luto e da perda, isso é bastante universal”.