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Como é que Macau travou a propagação do covid-19?

A região não regista novos casos há 31 dias e todos os que estavam infetados já tiveram alta hospitalar.

Como é que Macau travou a propagação do covid-19?

O último paciente em Macau, infetado pelo covid-19, teve alta hospitalar na última sexta-feira. A região autónoma da China, apesar de estar próxima do epicentro do surto, conseguiu travar a propagação do vírus entre os habitantes.

Na presente data, Macau contabiliza o 31º dia sem novos casos por infeção do novo coronavírus.

O primeiro doente que contraía o covid-19 foi identificado a 22 de janeiro, e nas duas semanas seguintes, surgiram outros nove infetados. Mas desde então que não há registo de outros casos.

Após a confirmação do primeiro doente, o governo macaense determinou um plano de contingência a ser seguido por todos os serviços, exceto os relativos à saúde e segurança.

As autoridades estavam encarregadas de assegurar que os residentes estivessem proibidos de comprar mais de 10 máscaras cirúrgicas a cada 10 dias, para que houvesse um racionamento dos materiais, de forma a todos terem acesso.

A polícia estava também incumbida de deportar todas as pessoas da província de Hubei, o epicentro do surto.

O líder executivo de Macau, Ho Iat Seng, decretou o encerramento de todos os espaços públicos no território. Escolas, cinemas, bares, centros de massagens e casinos foram fechados, sendo que estes últimos representam o grande pilar da economia da província.

O protocolo foi seguido de imediato e de forma rigorosa pelos habitantes, durante cerca de duas semanas. O isolamento dos macaenses deixou as ruas desertas e os comerciantes viram-se obrigados a fechar lojas devido à falta de procura.

Já entre 2002 e 2003, Macau tinha sofrido com a epidemia de SARS (Síndrome Respiratória Aguda Grave), a primeira variante do coronavírus, que matou 774 pessoas em todo mundo.

As ações cautelosas de higiene e a cooperação entre os habitantes e as autoridades impediram que, até à data, o covid-19 se voltasse a manifestar na região.

O diretor geral da saúde, Lei Chin-ion, confirmou ao jornal South China Morning Post que “agora Macau tem zero pacientes, zero casos graves, zero mortes e zero infetados no hospital”.

Ainda que Macau não tenha registo de novos casos as medidas de segurança e prevenção mantêm-se. Os cidadãos que regressem da província de Hubei, na China, ou que tenham viajado por países onde há registo de infetados, são barrados à entrada de Macau e obrigados a estar em quarentena por 14 dias.