A NASA anunciou que o fumo causado pelos incêndios na Austrália vai percorrer o mundo. A agência espacial recorreu à rota de satélites para as conclusões da análise. O estudo, iniciado em dezembro, teve por base o fumo e os aerossóis provenientes dos fogos que já duram desde o final de julho.
A fleet of NASA satellites ??? working together has been analyzing the aerosols and smoke from the massive fires burning in Australia.https://t.co/93geNvCBnU pic.twitter.com/ZedZ199lvJ
— NASA Goddard (@NASAGoddard) January 9, 2020
A equipa de investigação conseguiu apurar que o fumo já atravessou "metade da Terra" e tem afetado a qualidade do ar em diversos países. Na Nova Zelândia a atmosfera foi nitidamente afetada, escurecendo a neve dos glaciares Fox e Franz Josef. A 8 de janeiro já tinha atravessado a América do Sul causando uma nebulosidade anormal no céu e amanheceres e entardeceres coloridos.
From its vantage point nearly 23,000 miles up, #GOESWest can see massive amounts of brownish-gray #smoke from the #AustralianBushFires spreading over #NewZealand and the #SouthPacific.
— NOAA Satellites (@NOAASatellites) January 3, 2020
More real-time imagery: https://t.co/U2kJQTbbdy#FullDiskFriday #Australia #NSWFires #BushFire pic.twitter.com/Uv7v1MYmb4
Os incêndios não só estão a causar um impacto devastador localmente, como as altas temperaturas e a seca histórica têm afetado o país. Além disso, o fogo tem propiciado a formação de tempestades induzidas pelas chamas (denominadas PyroCb). Estas condições têm conduzido o fumo até à estratosfera a mais de 16km de altitude. Quando o ar danificado chega a esta camada pode viajar milhares de quilómetros, passando assim por todo o mundo.
Australia. Our hearts and thoughts are with you. pic.twitter.com/6D7AS4LaDe
— Christina H Koch (@Astro_Christina) January 14, 2020
Até ao momento, pelo menos 28 pessoas morreram nos incêndios da Austrália e só no estado de New South Wales já foram devastadas mais de 3 mil habitações.