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Bento XVI quebra silêncio para defender celibato dos padres

O papa emérito, aposentado, fez uma crítica ao fim do celibato de padres, e Francisco deve tomar uma posição em breve.

Bento XVI quebra silêncio para defender celibato dos padres
LUSA

O papa emérito, Bento XVI, emitiu uma defesa ao valor do celibato sacerdotal, uma atitude que vem no seguimento da ponderação do atual chefe da igreja católica em permitir que homens casados sejam ordenados em algumas zonas da Amazónia, no Brasil.

O novo livro da autoria de Bento XVI e de Robert Sarah, cardeal guineense, deixa bem clara a tese defendida. “Das profundezas dos nossos corações: sacerdócio, celibato e crise da Igreja Católica” é a obra que argumenta a favor da tradição secular e celibato dentro da Igreja, defendendo que aqueles que ambicionam ser ordenados sacerdotes “se devem colocar inteiramente à disposição do Senhor”.

Bento XVI escreveu que quando se é “chamado para seguir Jesus não é possível sem esse sinal de liberdade e renúncia a todos os compromissos”. Alegando que o celibato “é verdadeiramente essencial” no exercício do dever sacerdotal e tem “um grande significado”, segundo excertos do livro, publicados pelo jornal francês “Le Figaro”.

Em outubro, o concílio de líderes católicos, o sínodo, reuniu 184 bispos e sacerdotes para discutir grandes questões. Entre eles, o grande causador de discórdia foi a possibilidade de homens casados virem a ser padres na região da Amazónia.

A medida pretende ajudar e atenuar a escassez de padres em regiões remotas da Amazónia. Debateu-se que apenas homens mais velhos, casados e respeitados, designados “viri probati” teriam a oportunidade de serem ordenados e, no fim, acabou por ser aprovada.

A proposta está agora dependente da resposta do Papa Francisco que, se a aprovar, será símbolo de uma reforma histórica na tradição da Igreja Católica.