Foram apresentadas em Portugal, ao longo deste ano, 1450 reclamações relacionadas com comércio online, revelou hoje a DECO Proteste.
Este número inclui pedidos de informação e resolução de litígios, e corresponde a apenas 1% do total dos contactos junto da Defesa do Consumidor.
“Gostaríamos que os cidadãos fizessem escolhas mais conscientes, para maximizar o seu bem-estar e nível de satisfação quando compram online. Quando as compras não correm como o previsto, devem reclamar”, defende Rita Rodrigues, da DECO.
40% dos portugueses está insatisfeito com o facto de receber produtos com defeito ou por haver incumprimento das condições acordadas. Há ainda 20% que reclamou sobre reservas de viagens, hotéis ou casas de férias e, por fim, quase 10% das queixas foram devido a investimentos feitos online.
Estes dados foram apresentados no dia em que foi lançada pela União Europeia e a Organização Europeia de Consumidores - representada em Portugal pela DECO - a campanha "yourEUright - Estás no teu direito". Uma campanha que surge perante o número reduzido de reclamações e a resistência que ainda existe para comprar online.
MENOS DE METADE DOS PORTUGUESES SABE OS DIREITOS QUE TEM QUANDO COMPRA ONLINE
Apenas 43% dos portugueses conhece os direitos que tem quando faz uma compra online, um valor abaixo da média europeia que é de 49%.
São os mais recentes dados divulgados hoje pela União Europeia e DECO, a propósito do lançamento de uma campanha para reforçar a informação sobre os direitos que temos quando compramos através da internet.
Rita Rodrigues, da Associação de Defesa do Consumidor, explica que a maioria das pessoas que fazem compras online "desconhecem, por exemplo, que têm um período de 14 dias de reflexão para devolver o produto, ou por manifesta desconformidade ou por arrependimento".
36% dos portugueses admite estar ciente do direito de cancelamento quando compra online; 65% está informado sobre o direito à reparação ou substituição de produtos defeituosos; e 27% sabe o que fazer com um produto não encomendado que lhe chega às mãos.
Já a perceção do tempo de espera para a resolução do problema (23%) e o desconhecimento dos direitos (10%) são os principais fatores que retraem os portugueses de apresentar queixa quando uma compra não corre bem.