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Dez canções que marcam "Stranger Things"

Série de ficção cientifica regressa esta quinta-feira, para a terceira temporada.

Dez canções que marcam "Stranger Things"
DR

É já uma das grandes séries de culto deste milénio. A terceira temporada de "Stranger Things" está disponível a partir desta quinta-feira, na Netflix. A atmosfera muito própria desta produção de ficção científica é pincelada pela música synth enigmática de Kyle Dixon e Michael Stein. Mas o que interessa neste artigo são as canções que foram repescadas ao imenso arquivo de pop-rock & afins para ambientar algumas das cenas. Escolhemos dez.

The Clash - 'Should I Stay or Should I Go'
Tínhamos que começar por esta canção, que vai marcando toda a série desde o segundo episódio da primeira temporada. Era o tema que Will, a criança raptada pelas forças estranhas, ouvia com o irmão mais velho Jonathan, numa cassete que tinha músicas de Television, Joy Division ou os Smiths. A música passa a ensombrar a casa do desaparecido Will, fazendo-se ouvir na estereofonia do quarto, enquanto as luzes faíscam e o monstro ruge. O dilema colocado pelo título - 'Should I Stay or Should I Go' - torna-se na intermitência da própria música ao longo da primeira temporada. É impressionante como os versos da letra que têm como base uma relação de amor - "Should I stay or should I go now?/If I go there will be trouble/And if I stay it will be double" – ganham um sentido completamente diferente e bem real na irreal série.


Toto - 'Africa' (1º episódio da 1ª temporada)
Esta canção cai que nem uma luva na atmosfera dos anos 80 que rodeia a pacata cidade norte-americana de Hawkins. Este clássico synth-prog dos Toto faz parte de uma das cenas de namoro entre os adolescentes Nancy e Steve, ainda na inocência alheada do fenómeno paranormal que estava a ameaçar Hawkins.


The Bangles - 'A Hazy Shade of Winter' (2º episódio da 1ª temporada)
Nem sempre os episódios fecham ao som da música retrofuturista de Kyle Dixon e Michael Stein, ovnizada por sintetizadores. O segundo episódio encerra com a tensão que se vai tornar habitual neste drama, mas com a versão das Bangles do clássico de Simon  & Garfunkel, 'A Hazy Shade of Winter', e uma letra fortemente evocativa do inverno, a estação do ano na primeira temporada de "Stranger Things".

 

Joy Division - Atmosphere (4º episódio da 1ª temporada)
É a música escolhida para o luto de um corpo que afinal era uma falcatrua. Mas no momento em que o chefe de polícia local comunica a morte de Will, só a sua mãe Joyce (Winona Ryder) tinha a certeza que o filho vivia algures por aí. Parece ser a música de isolamento que Jonathan ouve de headphones, deitado na sua cama, a tentar digerir toda aquela tragédia familiar. Seria essa a música dos Joy Division que Jonathan e Will ouviam na tal mixtape?

 

Echo & The Bunnymen - 'Nocturnal Me' (5º episódio da 1ª temporada)
A série parece inspirada em filmes dos anos 80 como "E.T." e "Poltergeist". E até nalgumas cenas, chega a lembrar o filme dos anos 90 "Blair Witch Project", quando se dão aquelas caminhadas noturnas pelo bosque de Hawkins, onde o monstro ameaçava. É numa dessas cenas no bosque que encaixa a canção dos Echo & The Bunnymen, 'Nocturnal Me', vinda lá de alguma bruma de uma floresta qualquer.


Duran Duran - 'Girls on Film' (2º episódio da 2ª temporada)
A terceira temporada da série “Stranger Things” é publicada num dia especial para os americanos, o 4 de julho, nesta quinta-feira. Já a segunda temporada tinha sido lançada a poucos dias de outra ocasião especial: o Halloween. É mesmo o Halloween o que marca um dos episódios dessa temporada, onde ficção carnavalesca e a tormentosa realidade da cidade Hawkins se misturam perigosamente. Na festa de Halloween mais concorrida em Hawkins, onde borbulham cocktails da cor de sangue, o que se ouve mais que tudo é 'Girls on Film' dos Duran Duran. É durante a audição desse êxito dos anos 80 que Steve derrama acidentalmente o líquido alcoólico avermelhado sobre a namorada, já em estado ébrio, Nancy.


Bobby Bare - 'Green, Green Grass of Home' (5º episódio da 2ª temporada)
A miúda Eleven, a cobaia nº11 das experiências do laboratório de Hawkins com o mundo invertido, apanha à socapa a boleia de um camionista para ir ao encontro da sua mãe natural. No ambiente de estrada, com um veículo pesado no plano, o country vem mesmo a calhar, no caso a voz elegante de Bobby Bare, 'Green, Green Grass of Home', com uma letra bem ajustada a quem procura o berço: "The old home town looks the same as I step down from the train/And there meet me is my Mama and my Papa". Numa grande série como “Stranger Things”, nada é descuidado, nem mesmo a escolha de músicas. Esta tem particular bom gosto. 

 

Roy Orbison - 'Blue Bayou' (6º episódio da 2ª temporada)
Os amigos Jonathan e Nancy passam a noite juntos na casa de um jornalista focado em teorias de conspiração, um tal de Murray, apreciador de vodka russa. Ao pequeno-almoço, Murray pergunta a Jonathan sobre se a montagem do sofá-cama tinha corrido bem, o que lhe provoca um mommento de embaraço. Durante a estranha refeição, ouve-se bem a voz forte de Roy Orbison a cantar 'Blue Bayou'. 

 

The Runaways - 'Dead End Justice' (7º episódio da 2ª temporada) 
Quando Eleven se junta ao gangue de marginais justiceiros da Kali (a cobaia nº8 das tais experiências no laboratório de Hawkins), para pilharem um supermercado, a música de incentivo ao motim que se ouve é 'Dead End Justice' das rockers mázonas The Runaways. A letra é tão ajustada à cena que parece que foi a canção rufia de 1976 que inspirou esta parte do guião.


The Cars - Moving In Stereo (3ª temporada)
Os miúdos de "Stranger Things" estão mais crescidos nesta temporada. E as temperaturas vão aumentar, com a série em ambiente mais veraneante que nunca. E isso dá para pressentir numa cena de avanço dada a conhecer, que se passa na piscina local vigiada pelo grande hard-rocker da terra, o jovem rebelde Billy Hargrove. 'Moving In Stereo' dos Cars é a banda sonora desde desfile de autoridade pela piscina.