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Quando o areal parece uma prateleira de supermercado

A Brigada do Mar já entrou em ação. Estas são as imagens dos primeiros dias de limpeza nas praias do concelho de Grândola. 500 sacos do lixo em apenas cinco dias de recolha.

Quando o areal parece uma prateleira de supermercado
Brigada do Mar

Cotonetes, palhinhas, embalagens de medicamentos, garrafas de água, cervejas, lâmpadas e espátulas de cozinha. Esta podia ser uma lista de compras de supermercado, mas não, é uma pequena amostra do lixo que está a ser apanhado, desde o passado sábado (4 de maio), nas praias da zona de Melides e Troia, em Grândola. 

Há lixo, muito lixo, naquele que é um dos areais mais procurados no verão por milhares de pessoas, que ficam rendidas às praias e às paisagens desta zona do país.

Nos meses quentes, quem visita e passa férias nestas praias só não tropeça em vidro, plástico, redes de pesca, fios de nylon, garrafões e beatas, porque existem organizações e associações como a Brigada do Mar. 

Indignaram-se perante o lixo que iam encontrando ao longo da costa alentejana e decidiram entrar em ação. 11 anos depois, a Brigada do Mar já limpou, em Portugal, mais de 600 quilómetros de costa e retirou mais de 550 toneladas de lixo do areal de dezenas de praias, com a colaboração de mais de seis mil voluntários. 

Este ano, a operação de limpeza nas praias do concelho de Grândola, no distrito de Setúbal, arrancou a 4 de maio e só termina no próximo dia 18. 

Estas são as imagens dos primeiros cinco dias de limpeza, onde estiveram envolvidos mais de 100 voluntários, que já recolheram 500 sacos de lixo, além dos grandes volumes: pneus, esferovite, jerricãs, redes de pesca, boias, cordas, paletes e para-choques.

 

Esta é 11ª ação de limpeza que a Brigada do Mar organiza nesta zona do país, onde mais de 300 voluntários vão percorrer, ao longo de duas semanas, 45 quilómetros de costa para recolher todo o lixo que conseguirem encontrar.

Uma parte dele é deixado por quem passa por estas praias, mas há uma enorme quantidade que chega a partir do mar. A origem é sempre a mesma: é o lixo que nós fazemos.