Era uma vez em Coachella

A passadeira vermelha do estrelato pop é feita de sandálias, nos palmeirais do Empire Polo Club, junto ao Parque Natural de Joshua Tree, no festival de Coachella - uma espécie de ocasião hollywoodesca mais informal. 

No primeiro de dois fins-de-semana deste grande festival californiano, esse estrelato pop esteve em força, mesmo quando não estava anunciado. É o caso do concerto surpresa de Katy Perry, num festival onde diz ir "há 17 anos".

Ariana Grande foi para o festival californiano com atributos de cabeça-de-cartaz e fez-se valer desse estatuto com um grande naipe de convidados, desde o regresso da boy band NSYNC (exceto Justin Timberlake), a Nicki Minaj e a Diddy. A reunião excecional dos NSYNC motivou de Ariana Grande o seguinte desabafo: "tenho andado a ensaiar toda a vida para este momento".

Os Weezer, que vêm ao NOS Alive (Algés), também se trataram bem a nível de convidados, o que os levou a vários covers. Tocaram 'No Scrubs' das TLC, para a voz de Chilli; e foram ao baú dos anos 80, para interpretarem 'Everybody Wants to Rule the World' com os próprios Tears for Fears. Só faltava terem os Toto, quando tocaram a penúltima canção da atuação, 'Africa'.     

A espanhola que anda a maravilhar o mundo e que vem ao NOS Primavera Sound (Porto), Rosalía, deu um dos concertos mais elogiados neste festival de Palm Springs, com o seu flamenco intergaláctico do século XXIII.

Coachella foi também espaço para antestreias de filmes como "Guava Island", onde Rihanna contracena com Donald Glover. É precisamente sobre um espetáculo de Beyoncé em Coachella, em 2018, o documentário "Homecoming" que estreia na Netflix daqui a dois dias.  

A edição deste ano do Coachella Valley Music and Arts Festival prolonga-se no próximo fim-de-semana.