Os trabalhadores das finanças vão fazer entre os dias 26 e 31 de dezembro. Lamentam a falta de resposta a uma contra-proposta para a revisão da carreira entregue ao governo há um mês.
Entre outros pontos, o presidente do Sindicato dos Trabalhadores dos Impostos, Paulo Ralha, pede o estatuto de "vínculo de nomeação", detido por agentes da Polícia Judiciária, ASAE, e Serviço de Estrangeiros e Fronteiras, com quem fazem investigações e inspeções mistas. "Queremos um estatuto de funcionário público que representa o estado", explica Paulo Ralha. "Neste momento um inspector da Autoridade Tributária e Aduaneira, ao praticar determinados atos, pode ser responsabilizado pessoalmente. Isto consubstancia uma forma de enfraquecer o poder e autoridade de quem a devia ter", conclui. O sindicato também quer a entrada na carreira através de licenciatura e a progressão através de provas de avaliação.
O sindicato espera que a greve tenha impacto nas receitas do estado, mas que também afecte empresas "que têm prestações de pagamentos por dívidas fiscais". Paulo Ralha ainda antevê um "forte impacto" no tax free, "no reembolso do imposto pagos pelos turistas".