O Ministério Público não recorreu da medida de coação aplicada a Bruno de Carvalho no processo da invasão à academia do Sporting, em Alcochete, apresentando recurso quanto a Nuno Mendes, conhecido por 'Mustrafá', líder da claque Juventude Leonina.
Bruno de Carvalho e 'Mustafá', detidos em 11 de novembro, foram presentes a primeiro interrogatório judicial ao juiz de instrução criminal do Barreiro Carlos Delca, que, quatro dias depois, determinou que ambos saíssem em liberdade, mediante o pagamento, cada um, de uma caução de 70.000 euros, além da obrigatoriedade de apresentações diárias às autoridades.
“O Ministério Público recorreu da medida de coação aplicada ao arguido Nuno Mendes”, refere a Procuradoria-Geral da República, em resposta escrita enviada hoje à agência Lusa, que confirmou junto de fonte judicial que a procuradora Cândida Vilar não interpôs recurso em relação à medida de coação do ex-presidente do Sporting.
A procuradora Cândida Vilar, do Departamento de Investigação e Ação Penal de Lisboa, deduziu acusação, em meados de novembro, contra 44 arguidos, por envolvimento no ataque à academia do Sporting, em 15 de maio, e nas consequentes agressões a técnicos, jogadores e outros elementos da equipa ‘leonina’.
Dos 44 arguidos do processo, 38 mantêm-se sujeitos à medida de coação mais gravosa: a prisão preventiva. Os restantes seis arguidos, incluindo o ex-presidente do Sporting Bruno de Carvalho e o líder da claque Juventude Leonina, encontram-se em liberdade, sendo que estes dois últimos estão obrigados a apresentações diárias às autoridades.
Bruno de Carvalho, 'Mustafá' e outros arguidos requereram ou vão requerer a abertura de instrução, fase facultativa em que um juiz de instrução criminal vai decidir se o processo segue para julgamento e em que moldes.