A história verídica está a ser largamente partilhada nas redes sociais desde terça-feira.
Depois de saber que a filha precisava de uma operação urgente, para a qual era necessária uma autorização para administrar anestesia, o pai colocou-se ao volante do carro e seguiu, com os quatros "piscas" ligados e em excesso de velocidade, para o hospital de Santa Maria. No caminho foi parado por um agente da PSP de mota, que depois da continência, pediu os documentos e perguntou a razão da marcha de urgência. O pai aflito explicou que "tinha uma filha à espera num bloco operatório de Santa Maria, e que ele tinha duas opções: ou me prendia já ou eu ia seguir e na mesma condução”.
No post publicado no Facebook, Vítor Martins Romão admite que "não estava o mais sereno, e as lágrimas correram-me, num misto de aflição e nervoso." O agente da PSP respondeu com serenidade, "sem sequer tirar o capacete, nem pegar na carteira dos documentos, que lhe estava a dar, apenas me disse: "respire fundo, acalme-se o que lhe seja possível e siga-me". Vítor Martins Romão foi escoltado até à porta do hospital onde o agente "voltou a fazer continência e seguiu. Fiquei sem palavras. Nem nome, nem cara, sequer. Apenas o senhor polícia da mota."
As palavras vieram mais tarde. Sem saber a identidade do militar que o ajudou, Vítor recorreu às redes sociais para agradecer o gesto: "obrigado senhor polícia, em nome, da minha familia, do meu País, que tanto precisa. Jamais o esqueceremos." A mensagem chegou ao destinatário - que permanece anónimo - e foi até partilhada na página de Facebook da PSP.
