Sinead O' Connor não quer estar mais com brancos

Sinead O' Connor está a ser contestada tanto por islâmicos, como por não-islâmicos, depois de ter manifestado publicamente a sua repulsa pelas pessoas da sua raça. A cantora irlandesa, de etnia caucasiana, tweetou em nome da sua nova identidade islâmica de Shuhada’ Davitt a seguinte mensagem: "aquilo que vou dizer é tão racista que nunca imaginei que a minha alma pudesse vir a senti-lo. Mas claramente não quero estar mais com gente branca outra vez. Eles são nojentos". 

A mensagem odiosa e racista da artista recém-convertida ao islão desagradou os próprios muçulmanos que lhe chamaram a atenção para alguns ensinamentos do livro sagrado do Corão na sua própria conta do Twitter. "O Islão não te autoriza a seres racista. E logicamente também não te autoriza a fazeres generalizações", escreve-se num dos comentários. Há islâmicos que preferem mesmo citações diretas de sermões do profeta Maomé: "um árabe não tem superioridade sobre um não-árabe, nem um não-árabe tem qualquer superioridade sobre um árabe; também um branco não tem superioridade sobre um preto, nem um preto tem qualquer superioridade sobre um branco, exceto por piedade e por boa ação". 

Os não-muçulmanos também chamaram a atenção para o radicalismo da sua mensagem. "Uma pessoa recentemente religiosa a manifestar ódio, racismo e fanatismo? Caramba, isto não costuma acontecer tão rapidamente, costuma demorar mais tempo". Alguns comentadores recorrem à ironia, outros aconselham a cantora a preferir o tratamento psiquiátrico em vez da dedicação a uma religião.

A cantora irlandesa tem publicado várias imagens suas com o véu islâmico, o chamado hijab, e já tweetou a sua interpretação do azan, o cântico de chamada para a oração.

Sinead O' Connor sempre foi controversa. Mas nos últimos anos, com o predomínio das redes sociais, a cantora foi publicando alguns vídeos alarmantes, como um em que em lágrimas alerta para os seus sentimentos suicidas.