A alimentação influencia a produção de dióxido de carbono (CO2) e há que alterar a dieta alimentar para diminuir a pegada de carbono no planeta, conclui um estudo feito pela empresa alemã de nutrição, a Nu 3, que examina a pegada de carbono da indústria de alimentos.
Segundo Robert Sünderhauf, CEO da Nu3, o estudo revela que "mudar as dietas pode alterar drasticamente a pegada de carbono, o que torna difícil ignorar os benefícios de uma dieta vegetal, tanto para o bem da saúde como do Planeta". Robert acrescenta que, "não é necessário um corte drástico no consumo de carne" visto que a substituição de carnes vermelhas por peixe e aves, é uma solução para diminuir a pegada, assim como, a substituição de produtos laticínios por ovos.
A análise feita a mais de uma centena de países ajuda a comprender quais os países que devem diminuir o consumo de alimentos que produzem mais CO2. A Argentina, a Austrália e a Albânia são os países que têm as maiores pegadas de CO2, com valores acima de 1600 kg anuais por pessoa. Os países com menor pegada são o Bangladesh, a Liberia e a Indonésia. Portugal surge em 31º lugar com 1086.44 kg anuais, por pessoa.
Com recurso a dados da ONU (Organização das Nações Unidas), sobre a quantidade e o tipo de alimentos fornecidos a cada país, foram avaliadas as pegadas de dióxido de carbono, anuais, produzidas por pessoa.
Os alimentos foram distinguidos entre: produtos de origem animal (7) e de origem não animal (7).
Em 2017, a média mundial de emissões de CO2 por alimento, por pessoa, por ano, foram:
Porco: 3,54 kg
Avicultura: 1,07 kg
Carne: 30,86 kg
Cordeiro e Cabra: 35,02 kg
Peixe: 1,60 kg
Ovos: 0,92 kg
Leite (incluindo queijo): 1,42 kg
Trigo e Produtos de Trigo: 0,19 kg
Arroz : 1,28 kg
Soja: 0,45 kg