O álbum "Love", com lançamento marcado para 16 de novembro, vai ser o derradeiro disco de Michael Bublé. Quem o diz é o próprio cantor canadiano numa entrevista ao Daily Mail. A luta contra o cancro no fígado do seu filho mais velho Noah, hoje com cinco anos, fez Bublé olhar a vida de forma diferente.
O artista de 43 anos quer deixar o mundo do espetáculo no "apogeu" da sua carreira, com o álbum "perfeito", depois de ter suspenso a sua carreira, quando Noah, então com 3 anos, foi diagnosticado com cancro.
Apesar de descrever estes dois anos de tratamentos ao seu filho como um "inferno", Bublé viu-se obrigado a um papel de entretenimento similar ao da personagem interpretada por Roberto Benigni no filme "A Vida É Bela", em que como pai num campo de concentração nazi da II Guerra Mundial, tinha que animar o filho igualmente condenado, tentando aliviar o drama genocida daquele ambiente com humor. "Por exemplo, em vez de chamar hospital, preferia falar em hotel de divertimento".
Outro exemplo do pai preocupado, obrigado à missão de paródia: "sempre que tinha lencóis a mais, transformava-os em tenda para o Noah. Fazia o melhor que podia. Por sobrevivência".
As circunstâncias difíceis deste período difícil levaram Bublé não só a suspender a carreira, como a saturar-se da pressão do mundo do espetáculo: "decidi nunca mais ler o meu nome na imprensa e nunca mais ler um artigo sobre mim, e nunca mais o fiz. Decidi nunca mais usar as redes sociais e nunca mais o fiz".
Mas neste momento, Michael Bublé expõe as três razões que o levam a lançar este álbum, "Lov": "primeiro, senti uma grande dívida de gratidão aos milhões de pessoas de todo o mundo que rezaram por nós e que nos mostraram compaixão. Isso deu-me fé na humanidade. Segundo, como adoro música, sinto que posso continuar o legado dos meus ídolos [que são Frank Sinatra e Bobby Darin]. E terceiro, porque se o mundo estiver a acabar - não só por causa do meu inferno pessoal mas por assistir a esta desordem política na América e a Europa a desfazer-se - nunca houve melhor altura para fazer música".
Entretanto, James Corden está a preparar com Michael Bublé um especial Carpool Karaoke para uma campanha na luta contra o cancro.
Uma representante do management de Michael Bublé, Liz Rosenberg, já veio desmentir a vontade do cantor em abandonar a música, em declarações à Insider.
