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"Grande vitória" em Monchique é inexistência de vítimas mortais

As declarações são do ministro da Administração Interna, Eduardo Cabrita, que deslocou-se a Monchique esta sexta-feira de manhã.

"Grande vitória" em Monchique é inexistência de vítimas mortais

 

O ministro da Administração Interna afirmou hoje que a "grande vitória" do incêndio que deflagrou em Monchique é a inexistência de vítimas mortais, destacando a "notável" operação da Proteção Civil no combate ao fogo.

"É possível neste momento, em que a estrutura operacional considera [o incêndio] tecnicamente dominado, dizer [...] que a grande vitória é: vítimas zero. É esse o grande balanço deste incêndio", afirmou Eduardo Cabrita aos jornalistas, após um 'briefing' no posto de comando da Proteção Civil, instalado no centro da vila algarvia, no distrito de Faro.

O governante sublinhou que este incêndio assumiu uma dimensão "extremamente significativa", em condições meteorológicas "particularmente adversas", e destacou a coordenação entre as várias entidades presentes no terreno, o que, a seu ver, foi "essencial para que o apoio às populações fosse feito de forma ordeira".

"Atempadamente, [com] todos, da Proteção Civil municipal à estrutura da Guarda Nacional Republicana, atuando preventivamente, à emergência médica, o apoio da Segurança Social, a previsão atempada de apoio psicossocial, foi possível fazer o combate em condições muito difíceis e chegar a este final de incêndio", afirmou Eduardo Cabrita.

No ano passado, os grandes incêndios ocorridos na região Centro fizeram 116 mortos (66 no fogo que deflagrou em Pedrógão Grande, em junho, e 50 em vários concelhos, em outubro). Houve ainda cinco mortes resultantes de outros incêndios.

No fogo desta semana no Algarve, a Proteção Civil atualizou hoje o número de feridos para 41, um dos quais em estado grave (uma idosa que se mantém internada em Lisboa).

O ministro da Administração Interna anunciou depois que "a partir de hoje à tarde" as várias áreas do Governo começarão a trabalhar "em torno do apuramento" das consequências do incêndio nos municípios de Monchique, Silves e Portimão (as chamas chegaram a estar no concelho de Odemira, no distrito de Beja, no fim de semana passado, mas foram rapidamente controladas).

"Estou muito satisfeito de estar aqui a celebrar a circunstância de [as pessoas] estarem vivas. Esta tarde iremos proceder à avaliação daqueles que são os danos. Temos de ter rigor e seriedade na aplicação de políticas públicas. Até hoje era o tempo do combate. A partir de agora será o tempo da avaliação", explicou.