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Férias dos portugueses são na praia e custam cerca de 700 euros

Um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM) revela também que há cada vez mais portugueses a escolher o Alentejo, em vez do Algarve, para passar férias.

Férias dos portugueses são na praia e custam cerca de 700 euros
Algarve Primeiro

A praia continua a ser o principal critério dos portugueses para férias, que devem custar este ano, em média, 700 euros, segundo um estudo do Instituto Português de Administração e Marketing (IPAM).

Em declarações à agência Lusa, Mafalda Ferreira, coordenadora do inquérito a 470 pessoas, notou a diminuição do valor a gastar nas férias entre 2017 e 2018 e da "migração" do Algarve para o litoral alentejano.

Na comparação com o estudo de 2017, a coordenadora referiu o ?ligeiríssimo decréscimo, absolutamente residual, do valor gasto, contrariamente às expectativas, nas férias de verão: passou de 708 euros do ano passado para 702 este ano?.

Sem alterações está o número de pessoas a fazer férias nos meses de verão, ?o período privilegiado? pelos portugueses para quem a ?praia é o atributo mais valorizado? (61% das respostas).

A registar mudanças está a escolha do Algarve, já que o ?valor diminuiu face aos dados do ano passado (52% em 2017 para 47% em 2018), tendo aumentado o Alentejo litoral (23% para 32%)?.

?Eu diria que nas pessoas que ficam em Portugal, há uma transferência de valores e na nossa amostra 54,8% das pessoas irão ficar em Portugal, os outros distribuem-se pela Europa (quase 26%), África (5%) e América do Sul (3%)?, acrescentou a docente.

Dentro da Europa, ?o país claramente preferido é Espanha?, disse.

A manter-se está também a tendência de a ?maioria das pessoas pesquisar e depois reservar online??, enquanto a nível de alojamento, o ?local tem vindo a ganhar terreno e atualmente corresponde a 22% e os hotéis a 31%?.

À Lusa, a professora referiu ainda que, cruzando com outras informações, se concluiu que ?a situação de crise económica e financeira provocou algumas alterações dos padrões de pesquisa e de compra?.

E o que se nota, em diferentes áreas, é que ?apesar de repostas algumas das restrições financeiras e de um orçamento maior disponível, o português mantém algum tipo de padrões e são mais focados na questão do preço e em encontrar a melhor relação preço-qualidade?, assegurou.

A coordenadora do estudo indicou ainda a utilização ?em grande parte? do subsídio de férias nesta altura, pelo que a ?reposição dos subsídios tem impacto no padrão de comportamento, já que 49% das pessoas o utiliza parcialmente e 15% utilizam-no totalmente?.

?Este subsídio é um motor efetivamente da dinâmica económica que se coloca nas férias?, afirmou.

O estudo foi realizado entre 12 e 24 de julho, com uma amostra de 470 indivíduos e com 87% a referir ter férias entre julho, agosto e setembro.

Dos inquiridos, 78% disse que vai sair de casa durante as férias e os que não fazem será por ?constrangimentos financeiros?.

O IPAM foi fundado em 1984 e integra a rede Laureate International Universities que, em Portugal, detém ainda a Universidade Europeia e o IADE ? Universidade Europeia.