Vemo-lo em filmes, em séries, em fotos e no nosso dia a dia. Entre familiares, amigos, apaixonados e até chefes de estado, o beijo acompanhou a evolução do Homem enquanto espécie.
Os relatos mais antigos de beijos remontam a 2500 a.C. e estão localizados nas paredes dos templos de Khajuraho, na Índia.
Carinho, respeito, preocupação, desejo, paixão e amor são palavras normalmente associadas com o ato de beijar algo ou alguém.
Considerado por muitos como um elemento fundamental na sexualidade, o beijo é um dos gestos mais importantes nas relações e, na opinião dos especialistas, pode mesmo salvá-las.
O sexólogo Júlio Machado Vaz diz que o beijo é, sem dúvida, uma das formas de alimentar uma relação "seja pela ternura do gesto, seja pela vertente mais erotizada".
O sexólogo considera que o beijo tem sido desvalorizado, a começar pelos profissionais de saúde, especialmente quando falam com os pacientes: quando perguntam a alguém pelo início da sua atividade sexual, caem muitas vezes no erro de "estar a perguntar a idade do primeiro coito". Segundo Júlio Machado Vaz, muitas vezes "a entrada na área relacional, em termos eróticos, é o beijo".
Esquecido por uns, valorizado por outros, o que é certo é que muitas vezes o beijo é visto como o barómetro que mede a intensidade de uma relação. Há mesmo pessoas que vão ao consultório queixar-se de falta de beijos sentidos, porque só recebem "beijos distraídos".
Julio Machado Vaz alerta que é preciso evitar que a idade trave os beijos, porque "a sexualidade não tem limites nos 65 ou 70, seja o que for que vem no bilhete de identidade". É preciso é que o outro alguém também queira.
Neste Dia Mundial do Beijo, o sexólogo vai para lá da intimidade e recomenda um tipo de beijo: o da paz.