Chamava-se USS Lexington, pertencia aos Estados Unidos da América e operou na Segunda Guerra Mundial, altura em que foi bombardeado pelos japoneses no mar central, em 1942.
No domingo, o que resta do "Lady Lex", como era apelidado, foi encontrado a 3 000 metros de profundidade pelo barco de pesquisa de Paul Allen, cofundador da Microsoft, a cerca de 800 quilómetros ao largo da costa da Austrália.
A equipa de Paul Allen divulgou imagens dos destroços encontrados, onde se podem ver carcaças de aviões bem preservadas, apesar de estarem a repousar no fundo do mar há 76 anos.
No total de 35 aparelhos que estavam embarcados no "Lady Lex", Paul Allen disse ter avistado 11.
O "Lady Lex" afundou depois da batalha do mar de Coral, ocorrida entre 4 e 8 de maio de 1942, que foi o primeiro confronto entre porta-aviões.
O porta-aviões ficou de tal maneira danificado que os norte-americanos decidiram afundá-lo depois da batalha, onde 200 membros da tripulação morreram.
Por coincidência, o pai do almirante Harry Harris, que atualmente comanda todas as forças norte-americanas no Pacífico, foi um dos sobreviventes do Lexington.
O almirante prestou homenagem à tripulação do navio de guerra.
"Homenageamos a coragem e os sacrifícios dos marinheiros do 'Lady Lex' – e de todos aqueles que combateram durante a Segunda Guerra Mundial – continuando a garantir a liberdade que eles defenderam para todos nós", declarou.
A batalha do mar de Coral é considerada pelos historiadores uma vitória estratégica para os Estados Unidos, apesar das pesadas perdas humanas, porque obrigou pela primeira vez o império japonês a travar a sua expansão.