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Timberlake e Shakira identificados nos Paradise Papers

Mais nomes da música ligados a esta teia de paraísos fiscais, a juntarem-se a Madonna e Bono.

Timberlake e Shakira identificados nos Paradise Papers

O International Consortium of Investigative Journalists (Consórcio Internacional de Jornalistas de Investigação) somou mais dois nomes da música, Justin Timberlake e Shakira, à lista de figuras públicas que recorrem a paraísos fiscais, no dossiê Paradise Papers.

Justin Timberlake foi identificado como membro único de uma empresa que tinha o intuito de "comprar bens imóveis" nas Bahamas. Quatro meses depois da criação dessa empresa, com um nome parecido ao da sua editora Tennman, o músico registou-a nas Bahamas como uma companhia estrangeira. O músico não quis responder às perguntas do consórcio sobre a sua vontade de ter uma empresa de investimento em imóveis nas Bahamas.

Shakira, ou melhor, Shakira Isabel Mebarak Ripoll, está declarada como residente nas Bahamas, embora viva na verdade em Barcelona, no país vizinho. A cantora colombiana está também ligada a outra ilha vista como paraíso fiscal, Malta, onde é acionista da empresa Tournesol Ltd, para onde transferiu os seus direitos de propriedade intelectual e de marca registada, em junho de 2009. Simultaneamente, essa companhia levou um acrescento de 31 milhões de euros em capital, na forma de acordo de empréstimo sem juros, vindo de outra empresa de Shakira, assente no Luxemburgo. O advogado da cantora realça a legalidade destas operações - "toda a informações relativa a essa entidade são públicas e transparentes", declarou ao consórcio.

Foram adiantados mais pormenores sobre as atividades offshore de Madonna nos documentos Paradise Papers. A Rainha da Pop comprou em 1998 duas mil ações numa empresa de outro paraíso fiscal, as Bermudas. A SafeGard produzia serigas descartáveis e extinguiu-se em 2013. Madonna recusou falar sobre este assunto ao International Consortium of Investigative Journalists.

Sobre a ligação de Bono a uma empresa maltesa que investiu num centro comercial lituano, revelada pelos Paradise Papers, o vocalista dos U2 manifestou-se "angustiado" com as alegações, mesmo que se declarasse "um investidor passivo minoritário", acrescentando que "levo estes assuntos muito seriamente. Fiz campanhas para que a posse de empresas offshore se tornasse transparente".