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Governo vai manter acordo de rendimentos de Costa mas admite revisão

Luís Montenegro quer fazer avaliação do grau de execução dos acordos com os parceiros sociais.

Governo vai manter acordo de rendimentos de Costa mas admite revisão
JOSÉ SENA GOULÃO/LUSA
O primeiro-ministro, Luís Montenegro, disse hoje que o Governo está disponível para cumprir o acordo de rendimentos em vigor, admitindo revisitá-lo para eventual inclusão de matérias novas.

"Acertámos com os parceiros sociais cumprir os acordos que estão assinados", disse Luís Montenegro no final da primeira reunião da Concertação Social desde que o Governo tomou posse, sinalizando a intenção de ser feita uma avaliação ao grau de execução destes acordos e de os revisitar.

Questionado sobre o que significa revistar os acordos, nomeadamente o de rendimentos -- assinado em outubro de 2022 e reforçado um ano depois -, o primeiro-ministro sublinhou que "significa que o Governo está disponível para cumprir os acordos que estão em vigor e para avaliar o grau de execução" e também "para lhe incluir" aspetos novos "em diálogo com os parceiros sociais".

Nesta reunião da Concertação Social foi decidida a marcação de encontros dos grupos de trabalho do acordos de rendimentos e de formação profissional para os dias 21 e 28 de maio, respetivamente.

Estas reuniões, disse, servirão para os grupos de trabalho avaliarem o grau de execução dos acordos e projetar "eventuais alterações".

O acordo de rendimentos na sua versão inicial foi assinado por todos os parceiros sociais em outubro de 2022, com exceção da CGTP, enquanto a versão que visou reforçá-lo, assinada em outubro de 2023, não foi subscrita pela CIP, além da CGTP, tendo o tema centrado hoje as atenções da primeira reunião da Concertação Social.

Na discussão do programa do Governo, no parlamento, em abril, o primeiro-ministro referiu que o executivo pretendia "promover de imediato o agendamento de uma reunião da Concertação Social, com vista a discutir com os parceiros sociais as bases de um novo acordo que consagre o reforço dos rendimentos e da produtividade dos trabalhadores portugueses e a competitividade e crescimento" da economia.