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Diogo Piçarra: "fiz a canção da minha vida" com o Pedro Abrunhosa

Álbum "SNTMNTAL" sai hoje. Entrevista ao músico algarvio.

Diogo Piçarra: "fiz a canção da minha vida" com o Pedro Abrunhosa
DR (cortesia Universal Music)

Diogo Piçarra lança hoje o seu novo álbum "SNTMNTAL". "Inicialmente, tinha pensado no título do álbum com todas as letras, com as vogais e as consoantes, mas sempre que eu mostrava, as pessoas pensavam que era um álbum romântico, todo meloso, acústico e com piano. E é totalmente o oposto. O álbum tem vários estilos e produções, com vários géneros eletrónicos. E quis dar uma vertente mais moderna à palavra. Retirando as vogais, a palavra ‘Sentimental’ continua lá. As pessoas vão-se habituando a esta palavra. Ao mesmo tempo dá este segundo sentido, mais moderno, mais eletrónico e com sentimentos”, declara Diogo Piçarra em entrevista hoje à nossa rádio.  

A tecnologia, ou melhor, a nanotecnologia, intromete-se no conceito do disco, "não diretamente, mas através da capa, do próprio conceito, a dar uma vertente mais futurista, mais digital, mais robótica. Mais tarde, nos concertos, vou mostrar esse lado mais futurista e robótico. Por isso, queria abordar essa temática, não diretamente, mas no prefácio, antes do lançamento, do disco, no qual alertei para estes avanços na tecnologia, em particular na Inteligência Artificial, para não nos descuidarmos, porque ainda somos humanos e temos sentimentos. E podemos criar, inovar e pensar com a nossa cabeça. No entanto, são coisas importantes na nossa vida e que nos podem vir a ajudar num futuro próximo e também a longo prazo. Por isso existe uma dualidade de sentimentos de amor e ódio às novas tecnologias, que adoro, mas a que tenho sempre um pé atrás, porque a música pode estar em perigo com a Inteligência Artificial".

"SNTMNTAL" conta com as colaborações de Pedro Abrunhosa, Jura e Sofia Martín, respetivamente nos temas 'Amor de Ferro', 'sabesamar' e 'Paraquedas'. Se as colaborações com as duas últimas “foram super-espontâneas e naturais”, feitas instantaneamente, “a do Pedro não foi tão espontânea. Foi mais preparada, em maqueta. Assim que a acabei, percebi logo que era para cantar com o Pedro. Isto soa a Pedro Abrunhosa”, o ‘Amor de Ferro’. Demorei a preparar a maqueta e a fazê-la toda bonitinha, para quando estivesse composta. Foi também super-fácil trabalhar com ele. Sinto que é a canção da minha vida. É especial. Há 12 anos que o conheço, desde o Ídolos. Temos esta história bem para trás, entre jurado e concorrente. Agora somos de colegas de profissão com um dueto em comum”.