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Madonna: 40 anos de trono, 40 canções

Eis 40 canções que não podem faltar no concerto do dia 6 de novembro em Lisboa. É o regresso da rainha a Portugal.

Madonna: 40 anos de trono, 40 canções
Capas dos discos

Madonna volta este ano ao lugar onde foi feliz e fez gente feliz: Portugal - o país que a acolheu durante algum tempo. A Rainha da Pop celebra 40 anos de carreira com uma digressão pelo mundo e Lisboa está no circuito da celebração. Espera-se um alinhamento carregadinho de hits e uma jornada pelas diferentes fases da constelação de Michigan. 

A cantora, compositora, empresária e atriz atua a 6 de novembro na Altice Arena. Os bilhetes estão à venda a partir das 10h00 desta sexta-feira, dia 20 de janeiro, nos locais habituais.

"Estou entusiasmada por explorar o maior número de canções possível e dar aos meus fãs o espetáculo que há tanto tempo esperam", disse Madonna quando anunciou as mais de trinta datas da digressão. "The Celebration Tour" começa a 15 de julho na Rogers Arena, em Vancouver, no Canadá.


Propomos por isso fazer o aquecimento para o espetáculo da coroada (Ma)Donna Louise Veronica Ciccone - a mulher que segura o cetro da música pop na mão direita. É a monarca da reinvenção, a provocadora e a militante de um mundo livre de preconceitos. Madonna lutou pelo trono, fez barulho, cantou, chocou, agitou, encantou e vingou no estrelato.

Eis 40 canções da gigante arca de êxitos da mulher que moldou e ajudou a rechear a cultura pop. 

'Like a Prayer' - do álbum "Like a Prayer" (1989)

'Like a Prayer' tem estatuto histórico e está na lista das 500 melhores canções de sempre para a Rolling Stone. Além de fundir os poderosos coros gospel com a leveza pop, a faixa funde a espiritualidade ou o poder das orações com o amor mais físico. A mistura atrevida e provocatória soou a blasfémia para muitos. A canção, que enceta o quarto álbum do astro destemido, feriu suscetibilidades na instituição católica ao ponto de ser condenada pelo Vaticano. A canção e o vídeo que a ilustra.  


'Vogue' - do álbum "I'm Breathless" (1990)

O tema é inspirado num estilo de dança que emergiu no bairro de Harlem (Nova Iorque) e teve forte expressão nos chamados ballrooms durante a década de 80. O voguing foi um manifesto da subcultura nova-iorquina que agregava as comunidades que eram marginalizadas pelo género, sexualidade ou etnia. A dança alimentava-se artisticamente da estética que estava em voga (lá está) nos escaparates da moda, sobretudo nas capas da famosa revista "Vogue". O espírito igualitário da monarca da pop sobressai na letra: "your dreams will open the door (open up the door)/it makes no difference if you're black or white/if you're a boy or a girl/if the music's pumping it will give you new life/ you're a superstar, yes, that's what you are, you know it [os teus sonhos vão abrir as portas (abrir as portas)/não importa se és negro ou branco/se és rapaz ou rapariga/se a música está a bater, vai dar-te uma nova vida/és uma superestrela, sim, é isso que és". O videoclipe da canção, que saiu no espoletar dos anos 90, foi realizado por David Fincher, o homem que mais tarde viria a realizar "Fight Club" ou "Se7ev".


'Borderline' - do álbum "Madonna" (1983)

É uma das canções do punhado de oito temas que compõem o disco de estreia da artista norte-americana. 'Borderline' é a segunda faixa do registo discográfico primogénito e um dos cinco singles extraídos do álbum que desbravou o caminho real que Madonna fez daí para a frente.  

'Like a Virgin' - do álbum "Like a Virgin" (1984)

É a terceira faixa do disco "Like a Virgin" - o sucessor do álbum de estreia. Insuflada pelo sucesso do álbum com que se estreou, Madonna partiu para o segundo disco com a vontade de ter Nile Rodgers (dos Chic) na produção. Foi um capricho inteligente que surgiu depois do contributo que Rodgers deu ao icónico 'Let's Dance' de David Bowie. Mais uma canção, mais uma polémica. Em 1990, Madonna teve a polícia canadiana às portas de um concerto que deu em Toronto no âmbito da "Blond Ambition Tour". Aos olhos da lei, o crime estava na forma como a cantora interpretava o hit no palco quando simulava estar a masturbar-se. Para as autoridades canadianas, a atuação era por isso imoral e atentava contra o pudor. A estrela de Michigan, que recusou alterar o espetáculo, chegou a ser ameaçada de prisão mas, não foi detida. A teatralidade da música sempre importou. Quando mostrou o tema ao mundo, nos prémios da MTV em 1984, Madonna cantou-o em cima de um bolo de casamento gigante, com um véu de noiva na cabeça, um bouquet de flores numa das mãos e o microfone na outra.     


'Into the Groove' - da banda sonora do filme "Desesperadamente Procurando Susana" (1985)

O ritmado 'Into the Groove' foi editado como lado B do single 'Angel' e serviu uma das cenas do filme "Desesperadamente Procurando Susana" (de 85), que Madonna protagonizou ao lado da atriz Rosanna Arquette. No final dos anos 80, a Billboard escolheu 'Into the Groove' como o single de dança da década. A canção fez parte do pequeno alinhamento da atuação de Madonna no histórico e solidário Live Aid, que aconteceu a 13 de julho de 1985. 


'Human Nature' - do álbum "Bedtime Stories" (1994)

O contagiante 'Human Nature' faz sobressair a importância vital da autoexpressão - algo que Madonna preserva e enaltece ainda hoje. É uma ode à manifestação individual do que é intrinsecamente humano e um manifesto ousado contra a repressão, o julgamento ou a censura. Mesmo que o assunto seja "apenas" sexo. A canção surgiu no rescaldo do polémico lançamento do disco "Erotica" e da controversa edição do livro "Sex", que saiu por altura do álbum. Em 'Human Nature', tema mais virado para o R&B que se ouvia nos anos 90, Madonna canta: "don't tell me what I can and can't say/não me digam aquilo que posso ou não dizer". O videoclipe é da autoria de Jean-Baptiste Mondino. 


'Material Girl' - do álbum "Like a Virgin" (1984)


O tema de 1984 foi escrito por Peter Brown e Robert Rans. Madonna ficou fora da composição e, segundo contou mais tarde à Rolling Stone, não se identificou minimamente com a letra do single. "Eu não sou uma rapariga materialista. A minha felicidade não depende dos bens materiais", contou à publicação. O videoclipe, inspirado no universo da diva Marilyn Monroe e realizado por Mary Lambert, sugere por isso uma ideia contrária à superficialidade que salta da letra. 


'Express Yourself' - do álbum "Like a Prayer" (1989)


É um recado, bem intencionado, dirigido às mulheres. É uma lista de "instruções" para um relacionamento feliz que não siga a cartilha do patriarcado. Mulheres, libertem-se e expressem o que sentem. Puxem por eles. "Não se contentem com pouco, merecem o melhor da vida", canta Madonna. O vídeo do single, realizado por David Fincher, foi considerado o teledisco mais caro feito naquela época. 


'Holiday' - do álbum "Madonna" (1983)

Em setembro de 1983, o single 'Holiday' trepou até ao cimo do Hot Dance Club da Billboard. Foi a primeira canção da Madonna a figurar na famosa tabela de dança e é a quinta faixa e o terceiro single do álbum de estreia da norte-americana. A autoria é de Curtis Hudson e Lisa Stevens, que a compuseram originalmente para os Pure Energy. Posteriormente, o saltitante 'Holiday' foi atribuído às vozes da soul Mary Wilson e Phyllis Hyman. Ninguém o quis. Madonna "apanhou-o" e transformou o single num êxito.

 

'Papa Don't Preach' - do álbum "True Blue" (1986) 

É a canção que abre "True Blue", o terceiro disco da carreira discográfica que celebra este ano quatro décadas. 'Papa Don't Preach' - que arranca com um tom orquestral e desagua na mais pura pop - versa sobre os dilemas de uma jovem que, ao enfrentar uma gravidez não planeada, tem de dar a notícia ao pai. O videoclipe narra a história e a relação de ambos como se de um minifilme se tratasse. A realização é de James Foley. 


'True Blue' - do álbum "True Blue" (1986)

Canção que foi lançada um ano depois do casamento de Madonna com o ator Sean Penn. O matrimónio, que ao longo dos anos serviu (de bandeja) a imprensa cor de rosa, aconteceu em 85 mas expirou em 89. Após o final da relação, Madonna deixou de incluir 'True Blue' nos alinhamentos dos concertos. A estrela americana só voltou a pegar no tema duas décadas depois.   

 
'Live to Tell' - do álbum "True Blue" (1986)

A coautoria da composição da balada, que foi editada com o álbum "True Blue", é de Madonna e de Patrick Leonard - um dos grandes parceiros criativos da artista. A letra foi escrita por Madonna que gravou a parte vocal num só take. 'Live to Tell' faz parte da banda sonora do filme "Homens à Queima-Roupa" (1986), que contou com Sean Penn (o então marido da cantora) no elenco ao lado de Christopher Walken, Mary Stuart Masterson ou Crispin Glover. O vídeo que ilustra o tema foi realizado por James Foley, o mesmo realizador do filme. 


'Cherish' - do álbum "Like a Prayer" (1989)

O amor outra vez. Madonna tinha o espírito ao alto quando compôs 'Cherish'. Apesar de inspirada na tragédia romântica do famoso casal Romeu e Julieta, do dramaturgo William Shakespeare, a canção é positiva e celebra o amor como uma vitória e não como um jogo perdido. O vídeo tem a assinatura do famoso fotógrafo Herb Ritts, conhecido por fotografar celebridades na década de 80.  


'Music' - do álbum "Music" (2000)

Novamente, o que salta à vista é o espírito igualitário de Madonna e a intenção de demolir preconceitos sociais. Em 'Music' - tema lançado no pico do verão de 2000 - o astro da pop exalta a música como uma genuína promotora da união e da igualdade. "Music, music/music makes the people come together/music mix the bourgeoisie and the rebel [música, música/a música une as pessoas/a música mistura o burguês com o rebelde", lê-se na letra da faixa do oitavo álbum de estúdio. Quando gravou o vídeo de 'Music' Madonna estava grávida de Rocco, fruto da relação que teve com o realizador Guy Ritchie.


'Open Your Heart' - do álbum "True Blue" (1986)

Quem vasculhar as memórias da cultura pop dos anos 80 vai encontrar certamente o videoclipe de 'Open Your Heart'. É onde vemos Madonna a dançar num cenário a lembrar o submundo boémio e sexual dos peep shows. "Estávamos num período em que queríamos experimentar a liberdade do corpo e a sexualidade", disse à Rolling Stone Jean-Baptiste Mondino, o realizador. Mais um passo arriscado. O imaginário do teledisco ainda hoje passeia pela memória coletiva da pop. A versão original de 'Open Your Heart' chamava-se 'Follow Your Heart' e tinha uma essência mais rockeira. Antes de chegar às mãos de Madonna, foi pensada para a voz de Cyndi Lauper.  


'Who's That Girl' - da banda sonora do filme "Who's That Girl" (1987)

A canção, que incorpora o inglês e o espanhol, faz parte da banda sonora do filme "Who's That Girl", de James Foley - uma comédia que conta com a própria Madonna como protagonista. O tema foi nomeado para um Grammy em 1988 e para um Globo de Ouro (também nesse ano) na categoria de Melhor Canção Original.  


'La Isla Bonita' - do álbum "True Blue" (1986)

Por falar em espanhol, quem não se lembra do sussurro introdutório do hit 'La Isla Bonita'? Se não se lembra, estamos aqui para avivar memórias. A faixa de "True Blue" representa a incursão de Madonna pela cultura latina. "É um tributo à beleza e ao mistério das comunidades latino-americanas", contou a cantora à imprensa quando explicou o significado do tema. O videoclipe foi gravado em Los Angeles e - atenção a isto - na cena final podemos avistar o ator Benicio del Toro. É o rapaz que está sentado em cima do carro, a galar a jovem Madonna vestida de sevilhana. 


'Hung Up' - do álbum "Confessions on a Dance Floor" (2005)

É a energética faixa que abre o 10º disco de estúdio da carreira quarentona que Madonna assinala agora. 'Hung Up', que resgata um sample de 'Gimme! Gimme! Gimme! (A Man After Midnight)' que os ABBA lançaram em 1979, recria o universo das pistas de dança que a cantora frequentava quando começou a descobrir Nova Iorque para onde se mudou à procura de uma vida artística. Em 2006, a Rainha da Pop recriou a pista de dança no recinto do famoso Coachella, na Califórnia. 'Hung Up' abriu a atuação de Madonna no festival.      


'Justify My Love' - da coleção de greatest hits "The Immaculate Collection" (1990)


Jean-Baptiste Mondino (que tinha realizado o videoclipe de 'Open Your Heart') voltou a trabalhar para Madonna, ao comandar a realização do sedutor 'Justify My Love'. O arrojo visual do videoclipe foi excessivo para a MTV que recusou metê-lo no ar. O teledisco, que colocou novamente Madonna nas malhas da controvérsia, foi filmado dentro de um hotel ao longo de três dias e duas noites.

 
'Frozen' - do álbum "Ray of Light" (1998)

O ambiente de 'Frozen' é gélido, místico, introspetivo e, apesar de remontar ao final da década de 90, chegou, com facilidade, às camadas mais jovens. Em 2022, o tema teve direito a uma remistura, da dupla Sickick e Fireboy DML, que lhe deu um novo ciclo de vida na plataforma TikTok. 'Frozen' foi também um dos momentos altos dos concertos da digressão "Madame X" que passou por Portugal no início de 2020. Madonna cantou-a ao piano, atrás de uma tela gigante suavemente transparente e ao lado de um holograma onde, à distância, dançava a filha mais velha, Lourdes Maria.


'Crazy for You' - da banda sonora do filme "Vision Quest" (1985)

Madonna deu a voz à balada 'Crazy for You' para o filme "Vision Quest", no qual faz uma aparição como uma cantora de bar. A canção meteu a artista norte-americana pela primeira vez na lista de nomeações dos Grammys, a lutar pelo reconhecimento na categoria de Melhor Atuação Vocal Feminina. Foi em 1985. A estatueta fintou a Rainha da Pop e foi parar às mãos de Whitney Houston.   


'Deeper and Deeper' - do álbum "Erotica" (1992)

O single que integra o provocador "Erotica" chegou às rádios e pistas de dança pouco tempo depois da edição do controverso "Sex" - o tal livro polémico que reúne uma série de fotografias, de cariz sexual, que foram tiradas a várias celebridades da época, como Isabella Rosselini, Vanilla Ice, Naomi Campbell ou Big Daddy Cane. Esta foi talvez a fase mais sexualmente audaz da carreira galáctica de Madonna. O vídeo de 'Deeper and Deeper', que é filmado numa frenética e glamourosa pista de dança, foi realizado por Bobby Woods.


'Take a Bow' - do álbum "Bedtime Stories" (1994)

Madonna filmou o videoclipe de 'Take a Bow' em Espanha e com o toureiro Emilio Muñoz - uma opção artística que na altura enfureceu as associações de defesa dos animais. Contou o realizador Michael Haussman à imprensa que, apesar de nenhum animal ter sofrido durante as gravações, a equipa que fez o vídeo foi ameaçada diversas vezes. 

 

'Secret' - do álbum "Bedtime Stories" (1994)

É o single de avanço de "Bedtime Stories" e o vídeo que o serve é uma criação da fotógrafa Melodie McDaniel. Estávamos em meados dos anos 90 e a internet estava a dar os primeiros passos na sua democratização. Madonna - sempre com um pé à frente do tempo - partilhou a canção com os internautas da época, antecipando o que no futuro viria a ser uma prática comum.  

 

'Rain' - do álbum "Erotica" (1992)

Uma balada mais virada para o R&B que mereceu um videoclipe assinado por Mark Romanek. O cenário do vídeo é futurista mas também "olha" para trás. Retrata a gravação de um videoclipe dentro de um videoclipe. A estética passa pelo Japão (tendo até o famoso compositor Ryuichi Sakamoto no papel de realizador) mas também vai buscar inspiração ao passado, mais precisamente à cidade de Paris dos anos 40 e ao universo artístico e dorido da cantora Edith Piaf.  


'Erotica' - do álbum "Erotica" (1992)

A faixa-título do quinto disco de estúdio da cantora trepou até ao terceiro lugar da tabela Hot 100 da Billboard, porém, com o despudorado videoclipe a conversa foi outra. O controverso teledisco, que começou a rodar na MTV apenas depois da meia-noite, acabou por ser banido pelo canal de música.   

 

'Lucky Star' - do álbum "Madonna" (1983) 

'Lucky Star' abre o disco de estreia, homónimo, que Madonna deu ao mundo. Além de ter dado o disco ao mundo, a artista norte-americana também lhe deu um novo look. Pelo menos, aos cidadãos do mundo mais jovens, audazes e amantes da pop da rainha. As roupas que a cantora usou no vídeo contagiaram os adolescentes da época. Luvas de renda cortadas nos dedos, pulseiras a preencher os braços e lenços, atados com grandes laços na cabeça, viraram tendência.  

 

'Everybody' - do álbum "Madonna" (1983)

É a canção que serviu de single de avanço ao primeiro álbum. Foi a canção que Mark Kamins, um DJ de um clube de Nova Iorque, mostrou à editora Sire Records e que abriu caminho para tudo o resto que veio a seguir. Quem a escreveu foi Stephen Bray, que era o baterista da banda da qual Madonna fazia parte antes de se aventurar a solo, os Breakfast Club. 


'Ray of Light' -  do álbum "Ray of Light" (1998) 

Terceira faixa do disco com o mesmo nome que Madonna editou em 1998. A canção arrecadou três Grammys (na edição de 1999): os de Melhor Gravação de Dança, Melhor Álbum Pop e Melhor Vídeo de Curta Duração. 


'Beautiful Stranger' - da banda sonora do filme "Austin Powers: O Espião Irresistível" (1999) 

Deu mais um Grammy a Madonna. A monarca da pop conquistou a estatueta na categoria de Melhor Canção para Filme, Televisão ou Meio Visual. Na 42ª edição da cerimónia, que aconteceu no ano 2000, Madonna também esteve nomeada na categoria de Melhor Atuação Pop Vocal, mas quem venceu foi Sarah McLachlan.


'Batuka' - do álbum "Madame X" (2019)

'Batuka' faz parte do álbum que foi lançado por Madame X - uma espécie de alter-ego que Madonna personificou para o disco mais recente. O álbum - o 14º de estúdio - foi fortemente inspirado na multiculturalidade da cidade de Lisboa, onde a artista viveu durante alguns anos. A canção vive muito da alegria da Orquestra de Batukadeiras, um grupo de mulheres que dá vida aos batuques tradicionais das ilhas cabo-verdianas nos subúrbios lisboetas. Essa alegria sentiu-se no espetáculo que serviu o disco e que passou pelo Coliseu dos Recreios em janeiro de 2020. A entrada inesperada das Batukadeiras - que foi feita pelos corredores laterais - provocou uma explosão de júbilo na sala. 


'Angel' - do álbum "Like a Virgin" (1984)

'Angel' começou como tantas outras canções, na qualidade de demo com todas as possibilidades em aberto. É mais uma relíquia dos primórdios da vida artística de Madonna que acabou por ser lançada com o segundo disco. O tema foi escrito a meias pela cantora e por Stephen Bray. 


'Bedtime Story' - do álbum "Bedtime Stories" (1994)

Canção escrita pela islandesa Björk, fã assumida da Rainha da Pop, e mais uma incursão de quatro minutos nos desígnios da eletrónica. O videoclipe contou com Mark Romanek (o realizador de 'Rain') na cadeira de realização.   


'This Used to Be My Playground' - do filme "Liga de Mulheres" (1992)

É mais uma balada e mais uma canção feita para um filme que teve Madonna nos créditos finais como atriz. O calmo e reflexivo 'This Used to Be My Playground' faz parte da banda sonora do filme "Liga de Mulheres" (de 1992) que foi realizado por Penny Marshall. Além de Madonna, o elenco contou com Tom Hanks, Geena Davis, Lori Petty, Rosie O'Donnell ou Bill Pullman. 


'Dress You Up' - do álbum "Like a Virgin" (1984)


Canção produzida por Nile Rodgers e a última a ser somada às faixas de "Like a Virgin". Conta-se que Madonna gostou tanto da letra, escrita pela dupla Andrea LaRusso e Peggy Stanziale, que insistiu para que o tema entrasse no disco. 

 

'Bad Girl' - do álbum "Erotica" (1992)

A canção, que saiu no início da década de 90, versa sobre o sofrimento de uma mulher após uma dura separação e sobre uma subsequente espiral de comportamentos autodestrutivos que culminam num homicídio. A composição e produção ficou nas mãos de Madonna e de Shep Pettibone. O videoclipe é assinado pelo realizador David Fincher e tem a participação do ator Christopher Walken, que veste a pele de um charmoso anjo da guarda. 

 

'Sorry' - do álbum "Confessions on a Dance Floor" (2005)

Foi o coreógrafo de Madonna - Jamie King - quem realizou o vídeo de 'Sorry'. King foi o autor da famosa coreografia que vemos no teledisco de 'Human Nature' e do conceito visual de 'Don't Tell Me'. Madonna quis que o vídeo de 'Sorry' funcionasse como uma espécie de sequela do videoclipe que serviu 'Hung Up' e por isso convidou a mesma equipa de dançarinos.


'Burning Up' - do álbum "Madonna" (1983)

Mais um pulo ao início dos anos 80 e ao primeiríssimo disco de Madonna. 'Burning Up' é a faixa quatro do primeiro registo a sair do estúdio. Quem realizou o vídeo foi Steve Barron - o homem que também realizou o teledisco de 'Billie Jean', outra glória radiofónica da outra metade da realeza da pop, Michael Jackson.  

 

'Nothing Really Matters' - do álbum "Ray of Light" (1998)

Madonna foi mãe em 1996 e a canção 'Nothing Really Matters' foi inspirada precisamente na experiência da maternidade da artista que na época deu à luz a primeira filha, Lourdes Maria Leon. Ser mãe, como contou a cantora à imprensa, deu-lhe novas interrogações e focou a procura de respostas em novos lugares. A canção reflete isso mesmo.


'Bitch, I'm Madonna' - do álbum "Rebel Heart" (2015) 

"Quando as mulheres chegam a uma determinada idade aceitam que não podem ter determinados comportamentos", disse Madonna à Rolling Stone a propósito da faixa/statement que fecha a nossa lista de 40 canções. "Eu nunca sigo as regras. Nunca segui e não é agora que vou começar a seguir", acrescentou. 'Bitch, I'm Madonna' é uma colaboração com Nicki Minaj. Em 2015, o ano de lançamento do tema, a norte-americana tinha 57 anos.