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Exército aumenta controlo médico no curso de Comandos

Haverá maior "abrangência" de exames médicos, incluindo análises de despiste de substâncias estimulantes ou "narcótico analgésicas".

Exército aumenta controlo médico no curso de Comandos
Associated Press

O Exército vai reforçar o "controlo do estado de saúde" dos militares do curso de Comandos, tanto física como psicológica, e aumentar "a abrangência" de exames médicos, incluindo análises de despiste de substâncias estimulantes ou "narcótico analgésicas".

Em comunicado, o Exército anunciou que, na sequência da revisão feita ao 138.º curso de Comandos por um grupo de trabalho criado no início deste mês, foi aprovado pelo Chefe do Estado-Maior do ramo o "reforço da monitorização sanitária e controlo do estado de saúde ao longo curso, atualização da gestão de risco e do programa de desenvolvimento de robustez psicológica". 

Foi também decidida a "adequação do faseamento do curso, de modo a garantir a progressividade da formação e a salvaguarda da integridade física, psicológica e sanitária dos formandos, considerando uma fase preparatória para aclimatização, monitorização, testagem e adaptação gradativa dos militares à dinâmica das exigências do curso". 

A duração do curso de Comandos passa de 16 para 17 semanas. 

Quanto às "ações de controlo médico", vai ser aumentada a "abrangência dos exames médicos, nas fases de admissão e de frequência" deste curso, "incluindo testagem serológica para SARS-CoV-2 e análises de despiste de substâncias estimulantes, narcótico analgésicas, anabolizantes, diuréticas e hormonais dos candidatos e formandos". 

O ramo decidiu ainda aumentar o recurso a meios tecnológicos, como sensores biométricos, "para monitorização, segurança e avaliação fisiológica dos formandos, com vista a um maior controlo da imprevisibilidade, de provas que exigem um maior esforço físico e psicológico dos formandos". 

O Exército decidiu ainda aumentar a preparação dos formadores do curso, através de "sessões fundamentais, no âmbito da gestão do risco, fisiologia do esforço, stress térmico e lesões de calor, e de avaliação dos indicadores de stress psicológico em contexto de treino de alta intensidade". 

A equipa do 138.º curso de comandos será reformulada, com o Exército a salientar que não estarão integrados "os três militares aos quais foram instaurados processos disciplinares decorrentes dos acontecimentos ocorridos no início do curso".

O 138.º curso de Comandos, que estava suspenso depois de várias hospitalizações de militares incluindo a de um formando que necessitou de um transplante de fígado, vai ser reiniciado no próximo dia 28, com 36 formandos que "foram submetidos às ações de controlo médico adequadas", lê-se na nota.