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Authentica: "um festival quente em pleno inverno"

A primeira edição do festival acontece no Altice Fórum Braga nos dias 9 e 10 de dezembro.

Authentica: "um festival quente em pleno inverno"
Cortesia Festival Authentica

Estamos em contagem decrescente para a primeira edição do Festival Authentica - o maior festival de inverno português que vai "ocupar" o Altice Fórum Braga nos dias 9 e 10 de dezembro. O primeiro grande festival interior prepara-se para receber uma leva impressionante de nomes internacionais e nacionais - entre artistas consagrados e nomes emergentes.

A ideia e a concretização

Marco Polónio, diretor-geral da promotora Malpevent, conta que a motivação para a concretização do festival é muita, sobretudo depois dos tempos pandémicos que obrigaram ao adiamento do evento - e por duas vezes. "Toda a equipa está motivada. Está motivada a dobrar. Vamos fazer melhor ainda. Será melhor do que idealizámos. Vamos trabalhar para que seja sucesso garantido", disse-nos o promotor no final da conferência de imprensa que apresentou as novidades do festival aos jornalistas.

"Quando se deu a pandemia e a cultura parou, em 2020, a nossa equipa preferiu mobilizar-se à volta da ideia de criar um festival em vez de ficar a choramingar com a falta de trabalho. Depois de termos feito vários estudos, concluímos que o melhor seria fazer o festival em Braga e no inverno", acrescentou Marco Polónio. "Braga é uma cidade que não para de crescer. É cada vez mais juvenil. É uma cidade muito próxima de Espanha e é capaz de ser a cidade mais central do norte de Portugal. Todos os astros se conjugaram para que o festival Authentica seja em Braga, a 9 e 10 de dezembro. Também para fugir ao paradigma dos festivais que acontecem em Lisboa e no Porto e ao paradigma dos festivais de verão. Por isso é que dizemos que o Authentica é um festival quente em pleno inverno".  


O cartaz

Os Kodaline, Rag'n'Bone Man, James Bay, Luísa Sonza, Nothing But Thieves, Becky Hill, De La Soul, Rels B, Mala Rodríguez são os nomes internacionais que figuram no cartaz da edição de estreia do Authentica. Quanto ao talento nacional, destaque para as presenças de Dino D'Santiago, Profjam, Mundo Segundo & Sam The Kid, Jimmy P, Chico da Tina, além de uma mão-cheia de artistas emergentes, como é o caso da Jüra, os Paraguaii, os Killimanjaro e muitos mais


Alguns dos artistas portugueses que vão pisar os palcos do Authentica também estiveram no encontro com a imprensa. Dino D'Santiago, Sam The Kid, Jimmy P, Profjam, Jüra e Farofa (DJ brasileiro) falaram connosco sobre a "experiência authentica" que vão viver em dezembro. 
 

Dino D'Santiago (que atua no palco Urban a 9 de dezembro) salientou o ponto de partida de um projeto que está norteado pelo objetivo de ser o maior do género da Europa e manifestou confiança na concretização desse objetivo. "É muito bom saber que Braga vai investir em mais um momento cultural tão bom quanto este e que o norte do país vai ser falado internacionalmente à conta de um festival internacional que tem a ambição de se tornar no maior festival indoor da Europa. Já o é a nível nacional. Fazer parte de um arranque tão ambicioso deixa-me muito feliz", disse-nos o dono de "Badiu".


"Tenho muitos amigos neste festival. O Sam The Kid, o Mundo [Segundo], o Jimmy P, o Profjam. Também fiquei muito feliz por ver o nome da Jüra no cartaz. Por conta da pandemia, o cartaz foi alterado duas vezes até chegar a esta versão final, mas o meu nome nunca saiu de lá. (risos) Estou muito contente com isso e muito expectante. E também pela presença dos De La Soul no festival, acrescentou Dino D'Santiago. 

    
O rapper Sam The Kid, que vai atuar com Mundo Segundo a 10 de dezembro no palco Urban, sublinhou a importância da descentralização dos festivais. "Acho muito importante haver festivais nesta altura [do ano] e principalmente no sítio onde é, descentralizado. É importante que as pessoas de Braga -  do resto do país e até de fora do país - possam assistir a um festival com nomes tão variados tanto a nível de estilo musical como a nível geracional", disse-nos o músico português.    


"O nome que destaco [no cartaz] são os De La Soul (vão tocar no mesmo dia que nós). É um nome que nos diz muito, muito. Faz parte da nossa formação musical. Por acaso, já toquei com eles no Coliseu [dos Recreios], há muitos anos, e é muito bom ver que eles, tal como nós, ainda andam na estrada. A diferença é que levam uma ou duas décadas de avanço. Olhamos para eles e vemos que, mesmo nos cinquentas, continuam a fazer hip hop. E é possível. Não é careta. Não é o avô que está a rappar", acrescentou Samuel Mira.

O rapper também contou à rádio que a atuação com o Mundo Segundo no Authentica terá direito a "um convidado surpresa extra. Alguém que cante ou alguém que represente a cultura hip hop nas suas várias vertentes".  


"É uma iniciativa de louvar até porque não havia um grande festival de inverno no norte do país", disse-nos o músico Jimmy P que vai subir ao palco Urban no primeiro dia do evento. "É uma zona onde há muitos concertos durante o ano. Fazia sentido fazer um grande festival, que pudesse agregar artistas nacionais e nomes internacionais", acrescentou.     


"Se há algo que me deixa feliz é a presença dos nossos artistas. A música nacional deve ter o mesmo destaque que a internacional. Além disso, muitos dos artistas que estão no cartaz fazem o mesmo género de música que eu, são meus amigos. É uma oportunidade para partilharmos o mesmo espaço", referiu ainda o músico.


Profjam atua no mesmo dia de Jimmy P (e no mesmo palco). Foi mais um nome convocado para a conferência de imprensa que decorreu na semana passada em Lisboa. "É [um evento] diferenciador. É fixe. É também uma forma de descentralizar, no bom sentido da palavra. A malta de Braga vai ao Porto ou a Lisboa para ver concertos meus. É fixe que a malta do Porto vá agora a Braga", disse-nos o músico. 

"É bom reduzirmos as distâncias no nosso país. Portugal não é assim tão grande", continuou. "Ir até Braga para ver um festival acaba por ser algo diferente. O cenário é diferente, os acessos são diferentes. Para mim, que sou de Lisboa, será uma experiência marcante".     


No encontro com a imprensa, a representar os artistas emergentes que contribuem para a efervescência da música portuguesa, esteve Jüra. A jovem artista está entusiasmada com a presença no festival e com a oportunidade de atuar no norte do país - o que ainda não aconteceu até ao momento. "Tenho muito gosto [em ir atuar no Authentica]. O festival apostou em mim. Estou muito contente, muito feliz. Acho que vamos fazer uma coisa bonita", contou-nos.


"Tenho a certeza que vamos dividir a dor e multiplicar o amor. Vamos criar um ambiente onde será possível sentir. Será um lugar para expressar emoções. Para viver as emoções. Para cantá-las e para dançá-las".

O brasileiro Rafael Henrique Victório, conhecido por DJ Farofa, esteve na apresentação à imprensa em nome dos artistas que vão animar o espaço Dance Room. O músico e produtor, que atualmente vive no Porto, vai atuar no dia 9 de dezembro. No cartaz da área dedicada aos DJs estão nomes como BIIA, Rusty, Rhythm (que atuam a 9 de dezembro) e Oder, DJ Firmeza, Celeste Mariposa e Joff (que vão agitar a sala de dança a 10 de dezembro). 


 
"A parte dos DJs é muito importante. Nós ajudamos a divulgar a música das bandas, de outros DJs, produtores. Fico feliz pela diversidade do cartaz. Há pessoas de todos os lados e bandas de vários géneros musicais, do rock ao rap, passando pela música africana". 
 

Os quatro palcos 

Os cerca de 30 artistas (incluindo DJ's) vão dividir-se por quatro palcos - Authentica, Urban, Auditorium e o Dance Room - que vão estar montados numa área de 15 mil m2 e com capacidade para "albergar" 36 mil festivaleiros.

 

A organização (a promotora Malpevent) espera cerca de 18 mil festivaleiros em cada um dos dias e muitas pessoas de vários pontos do mundo. Até à data, foram vendidos bilhetes em vários países europeus, na América do Norte e na América do Sul.

O Authentica é um festival "cashless", o que significa que será possível carregar a pulseira, sem qualquer tipo de custos adicionais, e consumir em qualquer um dos bares, na zona de restauração e na WellBeing Zone, sem que seja necessário fazer o pagamento com dinheiro físico. 

Zona dedicada à Street Art 

A primeira edição do festival vai ter uma zona dedicada à criação artística - à street art (arte de rua). Ao longo dos dois dias do evento, cada um dos três artistas nacionais convidados - Steven Marques, Ricardo Cruz Aka SUNNY e Bruno Guedes - vai desenvolver um projeto artístico. O objetivo é que as três obras sejam depois leiloadas a favor de uma instituição de solidariedade local, cujo nome será divulgado durante o evento. 

O recinto abre portas às 16h30 e encerra à 01h30, com o palco AUDITORIUM a ter início às 18h00, o palco URBAN às 19h00, o DANCE ROOM às 19h30 e o Palco AUTHENTICA às 20h00.

 

 

 

Abertura de Portas: 16h30
Início dos espetáculos: 18h00
Encerramento: 03h00

 

PREÇOS

Passe Geral ( 09 e 10 dez) - 75 euros
Bilhete Diário - 45 euros
Bilhete Diário VIP* - 80 euros 
Passe Geral VIP* (9 e 10 dez) - 150 euros

Mobilidade reduzida: contactar o e-mail geral@festivalauthentica.com (entrada na zona de mobilidade limitada à lotação do espaço, com pré-reserva obrigatória por espetáculo).

*Bilhete VIP inclui:
- Entrada Exclusiva para portadores do bilhete VIP no evento
- Acesso à zona VIP do Festival
- KIT surpresa Merchandising Authentica

Os passes gerais carecem de troca por pulseira no primeiro dia do festival nos pontos indicados para o efeito.