Travis Scott está já a enfrentar um processo em tribunal pela tragédia que levou à morte de oito pessoas, vários casos de paragem cardíaca e de numerosos ferimentos, na passada noite de sexta-feira, no festival organizado pelo rapper, o Astroworld, em Houston, no Texas.
Quem moveu o processo foi um festivaleiro, de nome Manuel Souza, que sofreu várias escoriações, durante o esmagamento da multidão um pouco antes e durante o espetáculo de Travis Scott, que foi sendo interrompido para o rapper acalmar a multidão e perceber o que estava a acontecer, num ambiente marcado por sirenes de ambulâncias.
Outras entidades ligadas ao festival Astroworld estão a ser processadas pelo festivaleiro, como a agência de artistas Live Nation ou a promotora do evento Scoremore.
Os argumentos para o processo em tribunal incluem a falha na prevenção e na segurança para o público. “Ignoraram conscientemente os elevados riscos de ferimentos para os espectadores e, nalguns casos, encorajaram ativamente e fomentaram comportamentos perigosos. A sua grosseira negligência causou graves danos", vem no texto assinado pela firma de advogados de Kherkher Garcia, em representação do queixoso Manuel Souza.
Travis Scott publicou um vídeo no Instagram onde se afirma "devastado", acrescentando que esta empenhado em identificar e ajudar as famílias dos oito falecidos, cujas idades variam entre os 14 e os 27 anos.
O festival Astroworld seria cancelado naquela mesma noite pelas autoridades. O segundo dia do festival - em que atuariam nomes como os Tame Impala ou Bad Bunny - seria anulado.
