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Camané mostra primeiro single do novo álbum

'Que Flor Se Abre No Peito', tema composto por Pedro Abrunhosa, faz parte de "Horas Vazias", álbum com lançamento marcado para o dia 29 de outubro.

Camané mostra primeiro single do novo álbum
DR - capa do álbum Horas Vazias (cortesia Warner Music)

Camané partilhou hoje o primeiro single do disco que está prestes a lançar. O tema chama-se 'Que Flor Se Abre No Peito' e foi escrito por Pedro Abrunhosa.

O novo disco do fadista - "Horas Vazias" - tem lançamento marcado para o dia 29 de outubro. É o primeiro disco com material novo desde 2015, ano em que Camané lançou "Infinito Presente". Ainda assim, o fadista esteve sempre a trabalhar. Em 2017, Camané gravou "Marceneiro" e em 2019 lançou "Aqui Está-se Sossegado", álbum a meias com Mário Laginha e que andou pelos lugares cimeiros do top de vendas nacional.

"A voz de Camané enriqueceu-se, aperfeiçoou-se, tornou-se mais solta mas também mais funda. Se o norte da sua arte continua a ser 'entregar as palavras', como sempre gostou de dizer - a maneira como a voz transporta e comunica a emoção que se esconde por trás de um poema - em 2021 Camané entrega as palavras como nunca o fez antes", diz o comunicado que chegou hoje à redação.

O novo registo reúne um elenco de excelência em matéria autoral: Amália Rodrigues; Amélia Muge; Maria do Rosário Pedreira; Teresa Muge; David Mourão-Ferreira; Fernando Pessoa; João Monge; Jorge Palma; Júlio Dinis; Pedro Abrunhosa; Sérgio Godinho; Vitorino Salomé são alguns exemplos.

"Horas Vazias" é composto por 16 novos temas, "entre clássicos, inéditos e fados tradicionais. Onde Camané faz suas as 'Aves Agoirentas' que Amália gravou no álbum do 'Busto', mas também a 'Marcha de Alcântara' criada por Vitorino em 1988. Onde reinventa o 'Fado Rosa' com um poema de Sebastião Cerqueira ('Às Vezes Há um Silêncio') ou coloca 'As Ilhas Afortunadas' de Pessoa no Fado Menor/Maior (dedicado a José Pracana). E onde cria originais de Sérgio Godinho ('O Fado que em Tempos te Cantei'), Jorge Palma ('Noite Transfigurada'), Pedro Abrunhosa ('Que Flor se Abre no Peito'), Amélia Muge ('Se a Solidão Fosse') ou Carminho ('Nova Vénus' sobre poema de Júlio Dinis)".

O novo álbum foi gravado com os cúmplices de sempre do fadista: José Manuel Neto (guitarra portuguesa), Carlos Manuel Proença (viola de fado) e Carlos Bica (contrabaixo) mas, pela primeira vez, sem o saudoso José Mário Branco aos comandos - embora esteja presente na música inédita que escreveu para o poema de Amália 'Tenho Dois Corações'.
 
O veterano do jazz Pedro Moreira ficou responsável pela produção e arranjos do disco, "introduzindo pequenas fugas (o saxofone de Ricardo Toscano, o acordeão de João Barradas, um sexteto de cordas) mas nunca se desviando do mapa. Mantendo intactas as coordenadas do que faz de Camané quem ele é: o Fado, ainda e sempre, e as palavras, inteiras, por inteiro".