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Álbum de estreia dos Depeche Mode saiu há 40 anos

"Speak & Spell" iniciou uma discografia de respeito do mais popular grupo de synth-pop.

Álbum de estreia dos Depeche Mode saiu há 40 anos
DR - capa de Speak and Spell

A 5 de outubro de 1981, os Depeche Mode lançavam com estrondo o seu primeiro álbum de originais, "Speak & Spell", graças à publicação poucas semanas antes de um dos seus singles mais bem sucedidos de sempre, 'Just Can't Get Enough'.

Nessa altura, ainda o compositor Vince Clarke era membro da banda, um mês antes de sair, tendo seguido para outros projetos com boa visibilidade comercial como os Yazoo ou os Erasure.

Em 1981, quando lançavam o seu álbum de estreia "Speak & Spell", os Depeche Mode eram jovens de 19, 20 anos, com ar de garotos, em aceleração vertiginosa para o sucesso. O som, tão ingénuo quanto fervilhante, já tinha uma personalidade vincada, a borbulhar num viveiro de sintetizadores. Não havia outra instrumentação que não fossem teclados, pulsados por caixas de ritmos.

 

Ainda tão novos em 1981, os Depeche Mode tinham margem e tempo para conquistar o mundo. Olhemos para alguns dos álbuns subsequentes que permitiram uma caminhada triunfal e um sucesso em crescendo.

A Broken Frame (de 1982)
Martin Gore passa a assumir a escrita das canções nos Depeche Mode e o projecto não pára de inovar e crescer. "A Broken Frame" é apenas o início dessa redefinição para um som mais sombrio e menos pop que a primeira leva de canções da autoria de Vince Clarke.

 

Construction Time Again (de 1983) 
O terceiro álbum regista a entrada de Alan Wilder e o início da divisão de tarefas de forma clara nos Depeche Mode. Martin Gore é o compositor, Alan Wilder o músico, Dave Gahan o cantor e Andy Fletcher? o manager. Os êxitos, esses, continuam a pingar, como 'Everything Counts', um tema que tornar-se-ia um dos pontos altos dos seus concertos.

 

Black Celebration (de 1986)
O risco de ousadia estética encontra compensação no sucesso comercial cada vez mais galopante. Musicalmente, os Depeche Mode estão mais sinuosos e subtis, com uma mancha ainda mais negra no som. 

 

Music for the Masses (de 1987)
Um dos pontos de glória do concerto do estádio de Pasadena em 1988 é quando vemos o vocalista Dave Gahan numa das pontas avançadas do palco, a ondular os braços no ar juntamente com os 60 mil espectadores, na parte final de 'Never Let Me Down Again'. O tema faz parte de um dos álbuns mais emblemáticos dos Depeche Mode, "Music for the Masses", com o qual a banda torna-se definitivamente nos Beatles das máquinas. Eles eram o primeiro grupo rock de sintetizadores a atingir a dimensão de concertos de estádio. A promoção com os vídeos enigmáticos e a preto-e-branco do holandês Anton Corbijn foi o encaixe visual que faltava e que caiu que nem uma luva.

 

Violator (de 1990)
À medida que as vendas aumentam, a música dos Depeche Mode torna-se cada vez mais sombria, como se fosse uma banda underground popular. E de facto era. O álbum dos Depeche Mode de 1990, "Violator", volta a ser um sucesso comercial a grande escala, uma sucessão de singles que são êxitos como 'Policy of Truth' e nomeadamente 'Personal Jesus' e 'Enjoy the Silence'.

 

Songs of Faith and Devotion (de 1993)
Viviam-se em 1993 os dias de promoção ao álbum "Songs of Faith and Devotion", quando o vocalista Dave Gahan usava barba e cabelo comprido, e em que Martin Gore fazia uso maior da guitarra eléctrica.  De repente, na canção 'I Feel You', os Depeche Mode não eram um projecto de synth-pop, eram uma banda de rock & roll. E ainda foram aos espirituais negros. A banda inglesa estava mais americanizada que nunca.

 

Ultra (de 1997)
Dos cacos de uma quase separação - uma overdose quase fatal para Dave Gahan que debilitou o seu vozeirão, e a saída de Alan Wilder - os Depeche Mode reabilitaram-se para uma espécie de renascimento. O trio inglês ainda perdura hoje muito graças a este álbum.