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Ferro pergunta sobre causas da morte de idosos vacinados e sobre dose de reforço

Perguntas feitas pelo presidente da Assembleia da República aos especialistas que participaram na reunião do Infarmed.

Ferro pergunta sobre causas da morte de idosos vacinados e sobre dose de reforço
LUSA

O presidente da Assembleia da República pediu hoje respostas face aos casos de mortalidade de idosos com covid-19 já depois de terem recebido duas doses da vacina e sobre situações em que se deteta ausência de anticorpos.

Estas perguntas foram feitas por Ferro Rodrigues aos especialistas que estão a participar na reunião do Infarmed, em Lisboa, sobre a evolução da situação epidemiológica em Portugal, reunião na qual participam presencialmente, entre outros, o Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e o primeiro-ministro, António Costa.

Dirigindo-se aos especialistas que antes apresentaram comunicações, o presidente da Assembleia da República disse ter concluído que a situação epidemiológica do país “é boa”, mas advertiu que se registam também casos de morte de idosos depois de terem recebido duas doses de vacinas contra a covid-19.

“E para não alimentar esses negacionismos era muito bom que houvesse uma resposta para isto. No ano passado, por esta altura, tínhamos uma situação pior do ponto de vista de tendência, mas em termos matemáticos não há apenas a tendência. Há também a discussão entre os dois momentos: o de há um ano e o de este ano”, defendeu.

Ferro Rodrigues disse depois que pergunta a si próprio sobre “o que deve fazer alguém que já tem mais de 70 anos e que faz dois testes: Um em que se demonstra que não tem covid-19 e outro que demonstra que não tem quaisquer anticorpos”.

“Deve ou não ser vacinado? Esta é uma questão prática. Hoje em dia isso está a acontecer com muita gente da minha geração”, alertou.

Tal como antes Marcelo Rebelo de Sousa, na sua breve intervenção o presidente da Assembleia da República também considerou “um extraordinário êxito o processo de vacinação em Portugal”.

“Isso, deve-se ao Ministério da Saúde, em particular às senhoras ministra [Marte Temido] e diretora Geral [Graça Freitas], a todos os que participaram no processo, e também ao vice-almirante [Gouveia e Melo], que teve um papel tão importante e tão corajoso em todo este momento”, acrescentou, numa alusão à atuação das Forças Armadas.