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Plataforma portuguesa para a sustentabilidade distinguida pela Comissão Europeia

Projeto criado pelo CEIIA é o único português entre os vencedores dos Prémios Novo Bauhaus Europeu.

Plataforma portuguesa para a sustentabilidade distinguida pela Comissão Europeia

A plataforma Ayr para a sustentabilidade ambiental, criada pelo CEIIA - Centro de Engenharia e Desenvolvimento, é o único projeto português distinguido nos Prémios Novo Bauhaus Europeu, cujos vencedores foram hoje anunciados pela Comissão Europeia, em Bruxelas.

A Ayr, segundo o maior centro português de engenharia e inovação, é “uma plataforma de sustentabilidade que recompensa as pessoas e comunidades por não emitirem dióxido de carbono (CO2) – em vez de as fazer pagar pelas suas emissões –, possibilitando a criação de mercados locais voluntários de carbono, nos quais os créditos digitais verdes circulam como ‘tokens verdes’”.

A plataforma, que em abril sustentou a escolha do CEIIA, com instalações em Matosinhos, no distrito do Porto, para o programa Impact Challenge on Climate, da Google, foi distinguido na categoria Produtos e Estilo de Vida, entre os 20 vencedores dos Prémios Novo Bauhaus Europeu e das Estrelas Ascendentes do Novo Bauhaus Europeu.

O galardão premeia boas práticas, exemplos e conceitos de "sustentabilidade, estética e inclusão do Novo Bauhaus Europeu", iniciativa lançada em janeiro deste ano, pela Comissão, que visa enquadrar a transição climática com uma mudança cultural.

Dos 60 projetos pré-selecionados, para os Prémios Novo Bauhaus Europeu, foram distinguidos dez, noutras tantas categorias. Cada um dos vencedores vai receber 30 mil euros.

Na área das Estrelas Ascendentes do Novo Bauhaus Europeu, destinada "a conceitos e ideias desenvolvidos por jovens talentos", com idades inferiores a 30 anos, também foram atribuídos dez prémios, no valor individual de 15 mil euros.

Nos Prémios Novo Bauhaus Europeu, Espanha conquistou seis galardões, com outros tantos projetos: "Gardens in the Air", na categoria Edifícios Renovados num Espírito de Circularidade; "Xifré's Rooftop", em Património Cultural Preservado e Transformado; "La Fábrika de toda La Vida", na área de Espaços Urbanos e Rurais Regenerados; "Ulia Garden", em Locais Reinventados para Encontro e Partilha; "Aprop Ciutat Vella", em Soluções de Vida Modulares, Adaptáveis e Móveis, e a Licenciatura em Design, da Universidade de Navarra, na categoria de Modelos Educativos Interdisciplinares.

Além da plataforma portuguesa Ayr, foram ainda distinguidos os projetos "Erden Pure Walls", da Áustria, em Técnicas, Materiais e Processos de Construção; "Rosana", da Alemanha, em Soluções para a Coevolução do Ambiente Construído e da Natureza; e "Essere Urbani", de Itália, na categoria Mobilização da Cultura, Artes e Comunidades.

Os vencedores das Estrelas Ascendentes do Novo Bauhaus Europeu reúnem quatro projetos italianos: "Porto Di Mare Wco Distrit", na categoria Espaços Urbanos e Rurais Regenerados; "Materie unite", na categoria Produtos e Estilo de vida; "Retrofitting the UNESCO site of Ivrea", em Património Cultural Preservado e Transformado; e "Social Reconstruction in Post- Emergency", na categoria Locais Reinventados para Encontro e Partilha.

Foram também premiados os projetos "Inhabiting an enclosed landscape", da Áustria, na área de Técnicas, Materiais e Processos de Construção e Design; "Zero Waste Hiuse", da Eslovénia, em Edifícios Renovados num Espírito de Circularidade; "Homeless Housing", nas Soluções de Vida, Modulares, Adaptáveis e Móveis; "Klasse Klima", da Alemanha, em Modelos Educativos Interdisciplinares; e os dois projetos espanhóis "Nest", em Soluções para a Coevolução do Ambiente Construído e da Natureza, e "Spaces to reconnect cities with Cities", na categoria Mobilização da Cultura, Artes e Comunidades.

A cerimónia de entrega dos prémios realizou-se em Bruxelas um dia após o anúncio de que o Novo Bauhaus Europeu vai dispor de 85 milhões de euros destinados a projetos, no período 2021-2022, no âmbito de uma estratégia que visa igualmente a criação de um laboratório e de um grupo de reflexão e de ação.

Na sessão de hoje, a presidente da Comissão Europeia, Ursula von der Leyen, disse que "os projetos [premiados] são uma luz de esperança no domínio da luta contra as alterações climáticas e do Pacto Ecológico Europeu".

A comissária para a Coesão e Reformas, Elisa Ferreira, por seu lado, destacou "o elevado nível de participação", numa expressão de "grande quantidade e qualidade de ideias e talentos que têm de ser estimulados para tornar as regiões, cidades e aldeias mais sustentáveis, bonitas e inclusivas para viver".

"Os prémios servirão igualmente de inspiração para outros, para criarem, inovarem e divulgarem melhores condições de vida para todos. O futuro é agora", concluiu Elisa Ferreira.

Para a comissária da Inovação, Investigação, Cultura, Educação e Juventude, Mariya Gabriel, os projetos distinguidos demonstram que, "ao unir esforços em todas as artes, educação, investigação e inovação", é possível "construir ambientes sustentáveis, inclusivos e acessíveis, que melhorem a qualidade de vida".