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J Balvin e Metallica nos lançamentos da semana

Manic Street Preachers, Elvis Costello ou Ray Charles recheiam as novidades discográficas.

J Balvin e Metallica nos lançamentos da semana
DR

Hoje é um dia forte para os Metallica. A histórica banda de metal reedita, nos mais diversos formatos, o álbum homónimo de 1991, conhecido como o Álbum Preto, a propósito do 30º aniversário do longa-duração, onde constam temas bem célebres dos fãs (e não só), como 'Enter Sandman', 'The Unforgiven', 'Wherever I May Roam' ou a balada 'Nothing Else Matters'.  

 

Hoje sai também em formato digital o álbum de versões de Metallica, "The Metallica Blacklist". Em 53 faixas, "The Metallica Blacklist" é uma revisitação massiva das 12 músicas do Álbum Preto. Só o tema 'Nothing Else Matters' merece 12 versões diferentes. Além de Phoebe Bridgers, também Miley Cyrus aborda este tema (com um número avantajado de convidados, entre os quais Elton John), tal como Dave Gahan (vocalista dos Depeche Mode) ou ainda os My Morning Jacket.

 

Juanes, os Weezer ou Mac DeMarco interpretam, cada um à sua maneira, 'Enter Sandman'. St. Vincent pega em 'Sad But True'. 'Holier Than Thou' inspira versões dos Biffy Clyro e de Corey Taylor (dos Slipknot e dos Stone Sour). Os Cage The Elephant atiram-se a 'The Unforgiven'. J Balvin dá o seu toque latino a 'Wherever I May Roam'. 'Don't Tread on Me' recebe um tratamento pelos Portugal The Man. Os Idles vão fazer o seu terrorismo punk à estrutura metaleira de 'The God That Failed'. E até o jazz se mete nisto, com o saxofonista Kamasi Washington a encontrar um novo caminho para o tema 'My Friend of Misery'.

 

A estrela de reggaeton J Balvin põe cá fora no dia de hoje o seu primeiro álbum pós-pandemia, cujo título é simplesmente o seu nome próprio, José. Depois de ter sido vitimado pela covid-19, com algumas consequências na sua saúde, o cantor já está suficientemente espevitado para espalhar alegria ao mundo, com a sua nova dose de músicas.

 

Os Manic Street Preachers lançam hoje aquele que é já o 14º álbum da sua longa carreira, "The Ultra Vivid Lament". O disco é uma ressaca sentimental da perda dos pais do letrista Nicky Wire. E tudo que começa no papel e na cabeça de Nicky Wire transforma-se em belíssimas canções nas mãos e voz de James Dean Bradfield. A banda galesa amadurece mas não empalidece. 

 

Os últimos sons teclados do músico falecido dos Stranglers, Dave Greenfield (falecido com covid-19), podem ser ouvidos no disco "Dark Matters", a partir de hoje nas lojas e plataformas de música. Com o encorpado baixista e vocalista Jean-Jacques Burnel aos comandos, a histórica banda do punk põe cá fora o primeiro disco sem o baterista de sempre Jet Black, já com idade suficiente, 83 anos, para acalmar a sua vida. No vídeo em baixo, o protagonista é o antigo internacional A de seleção inglesa de futebol, Stuart Pearce.

 

Sai hoje a caixa de seis CDs de Ray Charles, "True Genious", volumosamente apetrechada por dezenas dos seus temas mais míticos - 'Georgia On My Mind', 'I Can't Stop Loving You', 'That Lucky Old Sun' ou 'What'd I Say' -, a que se acrescenta a gravação inédita de um concerto de 1972.

 

Elvis Costello edita nesta sexta-feira "Spanish Model", um álbum de versões em castelhano dos temas do histórico disco "This Year's Model". O músico foi buscar vários músicos de cultura hispânica e deu uma nova vida à sua primeira leva de canções, primeiramente lançada em 1978, em plena ressaca do punk.


Os Low já descolaram há muito do rótulo de indie pop vagaroso definido como slowcore. Deram várias reviravoltas camaleónicas e ao fim de quase 30 anos, continuam frescos e a dar novas coordenadas ao rock. É o que acontece com o álbum "Hey What", hoje chegado ao domínio público. O disco repete a estética de colagens eletrónicas do seu antecessor "Double Negative", mas de forma menos ruidosa, deixando mais à vista a beleza suprema e única das harmonias vocais do casal nuclear dos Low: o guitarrista Alan Sparhawk e a baterista Mimi Parker. De vibrações emocionais fortes, "Hey What" é um disco avassalador.

 

Os australianos Amyl & The Sniffers, muito encorpados na exuberância e bravura da sua vocalista Amy Taylor, vão continuar a sublinhar o seu nome com este segundo álbum, "Comfort To Me", um revitalizante punk para qualquer pessoa que o oiça.

 

Há ainda uma catrefada de outros álbuns de música que saem hoje como "Bauhaus, L’Appartamento" de Julia Bardo, "A Beautiful Revolution, Pt. 2" do rapper Common, "Star-Crossed" da cantora de country-pop Kacey Musgraves, "You Heat Me Up, You Cool Me Down" de King Krule, "Forever I Wait" da diva do trip-hop Martina Topley-Bird, "Back in Love City" dos Vaccines, "K Bay" de Matthew E. White e ainda "SIDE-EYE NYC (V1.IV)" do guitarrista de jazz Pat Metheny.

 

Concluímos esta revista pelos lançamentos da semana com umas guinadas da máquina do tempo, para 1997, para as reedições em vinil de "Ladies And Gentlemen We Are Floating In Space" dos Spiritualized, e ainda na mesma trip psicadélica, de "Fantasma" do rocker japonês Cornelius. Entre 1967 e 1978 anda a caixa de oito discos "American Dreamer" da cantora folk Laura Nyro, desde hoje à venda.