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Catalunha ficou quase sem portagens. Bruxelas pede nova forma de pagamento

Governo espanhol admite também que o Governo quer aplicar um sistema de taxação por poluição.

Catalunha ficou quase sem portagens. Bruxelas pede nova forma de pagamento

Mais de 550 quilómetros de estradas da comunidade autónoma espanhola da Catalunha estão livres de portagens desde quarta-feira, 1 de setembro, devido ao fim das concessões, reabrindo o debate sobre o futuro modelo de manutenção dessas infraestruras rodoviárias.

Os quatro troços que ficam sem portagens são as vias estatais AP-2 e AP-7 e as estradas municipais C-32 e C-33, que têm sido palco de grandes engarrafamentos e protestos de movimentos anti-portagens.

Agora, apenas 120 quilómetros de estradas da Catalunha ficam sujeitas a pagamento, nomedamente a C-32, com os túneis Garraf, e a C-16, entre Sant Cugat-Terrassa-Manresa, com concessões que não irão terminar até o final da próxima década.

A ministra dos Transportes, Mobilidade e Agenda Urbana, Raquel Sánchez, admitiu que uma das grandes incógnitas é definir como vão ser mantidas as estradas sem portagens a longo prazo, e esclareceu que o Governo quer aplicar um sistema de taxação por poluição, embora tenha dito que "não terá nada a ver" com o atual sistema de portagens.

O governo espanhol declarou já "assumir que pretende uma rede viária competitiva e sustentável", por forma a garantir que esta infraestrutura possa ser financiada principalmente pelas pessoas que a utilizam, seguindo o lema de 'quem polui paga'".

O fim das portagens na Catalunha vai significar uma poupança de 752 milhões de euros por ano para os motoristas da região autónoma e de Aragão.

A Comissão Europeia apelou, por seu turno, para que em 2024 se estabeleça uma nova forma de pagamento que assuma o princípio de que quem usa as infraestruturas e quem mais polui paga.