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Carlão e o Euro: "Acho que é a nossa melhor seleção de sempre"

"Em teoria temos uma equipa incrível, mas o futebol mostra-nos muitas vezes que a teoria não é aplicável por várias razões", diz o músico.

Carlão e o Euro: "Acho que é a nossa melhor seleção de sempre"
DR (cortesia Radar dos Sons)


Continuamos a falar com artistas que costumam vibrar com as emoções futebolísticas. Queremos saber como é que vivem os jogos da seleção, o que é que esperam dos convocados de Fernando Santos para a competição, como é que celebraram a "coroação" de Portugal como campeão da Europa em 2016 e como é que sobrevivem aos momentos mais stressantes/angustiantes ao ver um jogo da equipa das quinas.  

Hoje, 15 de junho, é o dia em que a seleção portuguesa dá o pontapé de saída no Euro2020 num jogo frente à Hungria, em Budapeste. Em jeito de antecipação, trocámos umas breves impressões com o músico Carlão, um conhecido entusiasta da bola.

Expectativas para a prestação da seleção portuguesa no Euro2020: 

Eu costumo nivelar as expectativas sempre por baixo, mas faço isso com tudo na vida. Gosto de ter as expectativas baixas para depois receber tudo o que vier de bom. O que for bom acaba por ser um bónus. Em teoria temos uma equipa incrível, mas o futebol mostra-nos muitas vezes que a teoria não é aplicável por várias razões. Ou porque têm pouco tempo para treinar juntos ou porque estão em campeonatos muito exigentes. Chegam a esta fase já muito cansados. Apesar de achar que esta é a nossa melhor seleção de sempre, há outras seleções muito fortes pela frente. Nunca tenho grandes expectativas, mas estou a torcer para ganharmos isto tudo outra vez. Acho que logo é nosso. Vai ser mais complicado frente à França ou à Alemanha. Esses jogos é que vão ser muito duros. O nosso grupo é muito pesado. Mas acho que temos possibilidades de passar à próxima fase.
 



Momento mais angustiante ao ver um jogo de Portugal em campeonatos europeus ou mundiais:

Fiquei muito triste com a final frente à Grécia em 2004 [Portugal perdeu no Estádio da Luz por 0 -1]. Esse bateu-me muito forte. Lá está, sofri ainda mais porque tinha expectativas altas. Estávamos a jogar em casa, contra uma seleção aparentemente fácil, que era a Grécia. Estava tão confortável com a ideia de que a vitória ia ser nossa. Nem conseguia conceber outro resultado que não fosse a vitória de Portugal. Perder aquele jogo, em casa e com uma equipa tecnicamente mais fraca foi muito duro. Quanto maior é o voo, maior é a queda.     
 



Momento mais feliz ou onde estavas quando o Éder marcou o golo que deu a vitória a Portugal no Campeonato Europeu de 2016?:

Estava em casa de uns amigos. Fomos lá jantar para ver o jogo. Reza a lenda que terei dito que se o Éder marcasse ia nu para a rua. E ele marcou. Mas eu não fui nu para a rua. Os meus amigos é que dizem que eu disse isso, mas eu não tenho a certeza.