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Algumas canções para crianças (mas as da nossa infância!)

Faz de conta que hoje tem 8,9, 10 anos. Pode ser? Vamos recordar as músicas que certamente pautaram a sua infância.

Algumas canções para crianças (mas as da nossa infância!)


Que a viagem ao passado comece agora. Há muitas (mesmo muitas) canções que precisam que lhes tiremos o pó. São canções que estavam na arca das nossas memórias, ali mesmo ao lado da bola da Nívea, das bombocas, dos pega-monstros, dos estrunfes, do cubo mágico e de tantas outras referências que nos viram crescer.  Ora, temos de limpar o pó a estas lembranças antes que o dia acabe... porque hoje é o dia da criança. Escolhemos então algumas canções de um espólio infantil que sabemos ser demasiado vasto para caber nesta página. Ainda assim, sugerimos que carregue no play e aumente o volume. Faça uma boa viagem... ao passado.

'We All Stand Together', a canção de Paul McCartney ou apenas a canção dos sapinhos

Alerta, esta pode chamar uma ou duas lágrimas… mas são lágrimas boas. São lágrimas de boa comoção. Nos anos oitenta, Paul McCartney lançou 'We All Stand Together'.  O tema faz parte de "Rupert and the Frog Song", uma curta-metragem de 13 minutos realizada por Geoff Dunbar e lançada em 1984. Lembrava-se do coro de sapos, do querido Rupert, do trendy cachecol amarelo ou dos nenúfares gigantes a rodopiar? E da mensagem de união da canção que talvez só tenhamos entendido mais tarde por ser em inglês? Pois bem, fica aqui o vídeo e um excerto da letra: side by side, hand in hand (lado a lado, de mãos dadas)/We all stand together (estamos juntos)
 

 
O amigalhaço Topo Gigio!  

O ratinho Topo Gigio fez companhia às crianças da década de oitenta que por estes dias já andam a passear pela ternura dos quarenta. O amigalhaço Gigio nasceu em Itália, tendo sido criado por Maria Perego no final dos anos cinquenta. Gigio só chegou a Portugal nos anos oitenta, mas arranjou logo um quartinho simpático na RTP, num programa televisivo apresentado por Rui Guedes. António Semedo era quem lhe dava voz. Fomos ao repertório do nosso amigalhaço e escolhemos esta:
 



Porquê? Ora, tal como canta Gigio: "porque o mundo das crianças é também nosso, afinal".

Aquela do Avô Cantigas que agora já é isso mesmo, avô! 

Pois, é que nos anos oitenta o músico Carlos Vidal tinha de entrar em personagem para ser o avô das cantigas - o avô das nossas cantigas. Agora nem por isso, já é avô na vida real. O primeiro disco, "As cantigas do Avô Cantigas", foi editado pela Polygram, em 1982, mas o avô não parou. Carlos Vidal continua a cantá-las e ainda há pouco tempo fez o tema 'Final Feliz', uma canção didática para explicar às crianças a situação da Covid-19. Um modernaço!
 

 

José Barata Moura, o cantautor dos pequenitos

E não só, José Barata Moura é bem mais que isso, mas hoje importa relembrar a preciosa obra infantil que editou para a criançada. Há uma série de canções que ainda hoje estão na ponta da língua. 'Joana Come a Papa', 'Olha a Bola, Manel' ou 'Fungagá da Bicharada' são apenas algumas das muitas e valiosas relíquias infantis que o músico, compositor, filósofo e professor ofereceu às nossas memórias.
 

 

Outra vez, sapinhos, mas agora é só um

É o sapo da Maria Armanda, claro. A canção 'Eu Vi um Sapo' (música de César Batalha e letra de Lúcia Carvalho) é obrigatória nesta resumida recolha nostálgica. E há uma versão em italiano que a pequena Maria Armanda cantou no 23° Sequim D'Ouro (Zecchino d'oro), em Bolonha, a 22 de novembro de 1980. A canção ganhou o Sequim de Ouro e o Sequim de Prata nesse ano, coisa importante para a época já que o Sequim D'Ouro era o famoso festival da canção infantil que apoiava a UNICEF. Lembra-se?
 



Alguém sabe o que é feito do Areias?

Sabemos que era um camelo, refilão, que andava no deserto, que gostava de se armar em bom e sabemos até que andou na guerra. Pelo menos, era assim que a cantora Suzy Paula o descrevia na canção. Onde será que está por estes dias? Ouvimos falar do Areias em 1982, por isso é natural que agora já não seja um jovem camelo, mas sim... o Sr. Areias com outros afazeres e responsabilidades. Se o vir por aí, avise. Temos saudades. Muitas. 
 

 

O que é que a Ana faria sem os seus Queijinhos Frescos?

A Ana faria (e fez) muita coisa, mas bem sabemos que fazer música com os filhos é sempre especial. Ana Faria é uma referência na obra infantil no universo musical português. Em 1982, por exemplo, editou o disco "Brincando aos Clássicos", com versões infantis da mais refinada música clássica. O sucesso foi tal que teve direito a um segundo volume. Entre outros álbuns de Ana Faria, salta-nos também à memória os discos com os Queijinhos Frescos. O grupo era composto pelos três filhos da cantora: João Faria Gomes, Nuno Faria Gomes e Pedro Faria Gomes. 
 



Olha a Onda... Choc!

Ana Faria (juntamente com o marido Heduíno Gomes) também foi responsável pela criação de grupos como os Onda Choc ou os Popline. A fórmula era vencedora na época. Juntar jovens cantores e adaptar hits internacionais ao universo infanto-juvenil e em português. Os Onda Choc tiveram várias vidas desde 1986 até 2006, com pausas pelo meio. Há uma série de canções que ainda podemos cantar com eles já que as letras ainda estão bem frescas nas nossas cabeças.
 



E os pioneiros Ministars

Os Onda Choc tinham concorrência que, apesar de ser mini, era de peso. Os Ministars surgiram em 1986 e foram "recrutados" no Coro de Santo Amaro de Oeiras. César Batalha, o maestro que compôs 'Eu Vi um Sapo', e José Niza foram os senhores que ficaram responsáveis pelo primeiro disco do grupo de jovens estrelas. "Se tu gostas daquelas cantigas que vês nos tops e clips da TV e ainda não sabes ler em inglês, então canta em português. Se te disserem que é o que está na berra e agora a moda é cantar inglês, manda-os à fava pois na nossa terra o que se fala é o português", cantavam os Ministars. Pois, a ideia era mesmo essa.
 

 

Está na hora da caminha…

Pois, a lista chegou ao fim, tal como o dia também acaba para dar lugar à noite e à inevitável hora de ir para a cama. E, naquele tempo, quando o dia chegava ao fim, ficávamos à frente da televisão à espera das vozes oficiais que nos mandavam ir dormir. Os Amigos do Sono, o Vitinho, o amigalhaço Topo Gigio, os Patinhos são alguns exemplos. Há muitos. Para sermos justos, e porque cada um terá a sua canção para ir dormir, deixamos aqui mais do que uma canção. Escolha a sua e, já agora, porque não pô-la a tocar mais logo para adormecer os pequenos? Fica a sugestão. Bom dia da criança!