Um foguetão chinês, lançado a 29 de abril, está a cair de forma descontrolada em direção à Terra. Vários especialistas explicam que os destroços do aparelho com 21 toneladas e mais de 30 metros de altura podem atingir uma área urbana entre Nova Iorque, Madrid, Brasil ou Nova Zelândia.
O Long March 5b foi lançado com o objetivo de enviar para o espaço o primeiro módulo da nova estação espacial da China. Apesar de ter sido cumprida essa parte da missão, há agora problemas com o que resta desse foguetão. Depois do módulo entrar no espaço, a nave espacial deveria reentrar na atmosfera terrestre e aterrar num local que tinha sido pré-determinado no oceano.
O plano terá falhado e vários especialistas dizem que os bocados do aparelho vão mesmo reentrar na Terra nos próximos dias, podendo atingir zonas habitadas. Uma parte desses destroços são habitualmente queimados pela atmosfera e a outra parte pode acabar no oceano.
A incógnita agora é se irá atingir alguma zona habitada da Terra, quando é que isso poderá acontecer e se os destroços chegarão com uma dimensão significativa para causar algum dano.
Caso venha a acontecer, este será um dos maiores casos de sempre de uma reentrada descontrolada de uma aeronave espacial na Terra.
O astrónomo Jonathan McDowell, conhecido por habitualmente fazer o rastreio de objetos que orbitam a Terra, explicou em entrevista ao site Space News, que a queda é tão imprevisível que os destroços podem cair ligeiramente a norte de Nova York, Madrid e Pequim, como também podem atingir zonas habitadas do sul do Chile ou de Wellington, Nova Zelândia.
The latest Starlink batch has begun orbit raising and S-2527, which seems to have booted up late, has rejoined the pack: pic.twitter.com/VRV3P2jsQA
? Jonathan McDowell (@planet4589) May 3, 2021
Entretanto, alguns radares terrestres utilizados ??pelos militares dos EUA para rastrear objetos no espaço detetaram o objeto e classificaram-no como sendo uma parte do foguete Long March 5b.
As críticas multiplicam-se, com vários especialistas desta área espacial a afirmarem que com os atuais padrões de qualidade e segurança que existem, a situação é inaceitável.