Carlos do Carmo morreu esta sexta-feira, dia 1 de janeiro. O conceituado fadista tinha 81 anos.
A notícia da morte de Carlos do Carmo foi confirmada pela Universal.
O fadista morreu no Hospital de Santa Maria, em Lisboa, onde tinha dado entrada ontem com um aneurisma.
Nascido em Lisboa, em 21 de dezembro de 1939, Carlos do Carmo era filho da fadista Lucília do Carmo (1919-1998) e do livreiro Alfredo Almeida, proprietários da casa de fados O Faia, onde começou a cantar, até iniciar a carreira artística em 1964.
Carlos do Carmo passou quase 60 anos em cima de palcos com espetáculos por salas dos cinco continentes. Em 2019, o fadista entendeu que estava na altura de terminar a carreira, mas não sem antes lançar um disco, o que aconteceu já perto do final do ano. Na altura, despediu-se dos palcos nos Coliseus. No final do último concerto que deu, no Coliseu dos Recreios, Carlos do Carmos recebeu a chave da cidade de Lisboa, reconhecimento que foi entregue pelo presidente da câmara, Fernando Medina. Também nesse dia, António Costa destacou o seu "inestimável contributo" para a música portuguesa, concedendo-lhe a medalha de mérito cultural.
Carlos do Carmo foi o primeiro português a receber um Grammy. Foi em novembro de 2014. Recebeu o "Grammy Lifetime Achievement Award - Premio a la Excelencia Musical 2014". Mas a lista de prémios é muito mais extensa. Ficam alguns exemplos: Comendador da ordem do infante D. Henrique (1997) e Grande-Oficial da Ordem de Mérito (2016), Prémio Prestígio da Grande Noite do Fado (1991), Globo de Ouro de Excelência e Mérito (1998), Prémio José Afonso (2003), Prémio Goya (2008) na categoria de Melhor Canção Original com 'Fado da Saudade', o Grammy Latino de carreira (2014) e o Prémio de Cidadão Honorífico da Cidade de Paris (2015).
