O empresário Mário Ferreira, eleito novo presidente da Media Capital, disse esta terça-feira que a deliberação da Entidade Reguladora para a Comunicação Social (ERC) - que diz ter "fundadas dúvidas" sobre a identidade dos novos acionistas deste grupo de comunicação - é "grave" e merece "repúdio e crítica".
Em conferência de imprensa, Mário Ferreira explicou que a deliberação é “uma ameaça à viabilidade do projeto (da Media Capital)” e que pode colocar em causa mais de 1.100 postos de trabalho.
"Estamos aqui com a transparência de sempre e eleitos por um conjunto de investidores individuais, conhecidos por todos, que criam riqueza no país, com iniciativas, ideias e nada a esconde", disse o novo presidente da Media Capital, sublinhando que "tentar inviabilizar os novos acionistas colocaria em causa a existência deste grupo de comunicação".
Para Mário Ferreira, "os acionistas apresentaram prova da titularidade das suas ações, não subsistindo dúvidas quanto à identidade dos titulares de capital apresentado na Assembleia-Geral".
Ainda assim, insistiu que pretende continuar a colaborar com a ERC, "mas sem condicionalismos, de boa-fé e livres de pressões que causam graves prejuízos à empresa".
Por isso, Mário Ferreira garante que vai recorrer a todos os meios legais para exigir as compensações "pelos reais prejuízos já causados ao grupo", naquilo que fala ser um conjunto de "ameaças e prolongadas campanhas difamatórias em nome dos diversos acionistas". "Estes também vão usar os devidos sistemas legais em defesa do seu bom nome e dos seus direitos", concretizou.