Portugal vivia em agosto de 2019 a segunda greve, desse ano, dos motoristas de matérias perigosas.
A corrida às bombas de combustível aconteceu de norte a sul do país, com algumas filas a formarem-se durante a madrugada.
Apesar dos serviços mínimos e da requisição civil, alguns postos secaram e deixaram de atender clientes.
A paralisação foi desbloqueada perante a promessa de um novo contrato coletivo de trabalho a ser negociado entre trabalhadores e empresas com a mediação do Governo.
Passado um ano, o presidente do Sindicato Nacional de Motoristas de Matérias Perigosas, Francisco São Bento diz que a luta foi positiva e que permite hoje aos motoristas um futuro com melhores reformas e mais apoio em caso de doença.
Contudo, apesar do contrato de coletivo assinado, o sindicato garante que algumas empresas continuam a pagar parte do salário em ajudas de custo, fugindo assim ao fisco.
O ano foi e continua a ser marcado pela pandemia, com Francisco São Bento a revelar que algumas empresas de matérias perigosas usaram o lay-off simplificado de forma abusiva.
O sindicato espera agora a atuação das autoridades competentes.
Em outubro serão retomadas as negociações tendo em vista a atualização do atual contrato coletivo de trabalho.
O sindicato promete lutar pelos direitos e pela melhoria dos salários dos motoristas de matérias perigosas.
Afastado está o cenário de nova greve por parte dos motoristas, já que a previsão é de que seja conseguido um acordo de forma mais fácil entre todas as partes.
O balanço da greve dos motoristas de matérias perigosas um ano depois.