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Músicos britânicos assinam carta aberta contra o racismo

Rita Ora, The 1975, Lewis Capaldi, Placebo ou James Blunt estão entre os artistas, compositores e produtores que assinaram a carta aberta contra o racismo e a discriminação.

Músicos britânicos assinam carta aberta contra o racismo
Imagem Lewis Capaldi: Vickie Flowers (EPA/Lusa)

Rita Ora, The 1975, Lewis Capaldi, James Blunt, Biffy Clyro, James Arthur, Jessie Ware, Yungblud, Leona Lewis, Placebo, Two Door Cinema Club, Tom Walker, Years & Years, Niall Horan, Lily Allen ou Clean Bandit estão entre os músicos, bandas, compositores e produtores que assinaram uma carta aberta contra o racismo e a discriminação. A missiva foi publicada ontem pela publicação Variety. Há mais de 700 nomes na lista.


"Nós, representantes da indústria musical, escrevemos isto para expressar e demonstrar que o amor, a união e a amizade têm de ser a nossa causa comum - não a divisão e o ódio", começa por dizer a missiva do movimento #NoSilenceInMusic

A carta aberta surge na sequência dos protestos Black Lives Matter, que se multiplicaram pelo mundo inteiro depois da morte do norte-americano George Floyd, mas não só. A missiva também é assinada depois da polémica recente que envolveu o rapper britânico Wiley, acusado de ter feito publicações antissemitas nas redes sociais. Wiley, entretanto, já pediu desculpa pelos comentários.
 
"Nos últimos meses, através de uma série de acontecimentos e incidentes, os racistas, antissemitas e os que defendem a islamofobia, a xenofobia, a homofobia e a transfobia têm demonstrado constantemente que querem que nós falhemos", continua a carta.
 
"Seja através do racismo sistémico e da desigualdade racial sublinhada pela brutalidade policial na América ou o racismo antijudaico em ataques online, o resultado é o mesmo: suspeição, ódio e divisão. Somos o pior que podemos ser quando atacamos o outro. As minorias de todos os contextos ou credos têm sofrido. Desde a escravatura ao Holocausto, temos memórias coletivas dolorosas. Todas as formas de racismo têm as mesmas raízes - ignorância, falta de educação e um bode expiatório. Nós, a indústria da música britânica, estamos a unir e a amplificar as vozes para, orgulhosamente, assumir responsabilidade, falar e nos juntarmos de forma solidária. O silêncio não é uma opção. O amor pela música é global independentemente da raça, religião, sexualidade e género. A música traz alegria e esperança. Liga-nos a todos. Através da música, educação e empatia, podemos chegar à união. Estamos juntos para educar e acabar com o racismo agora e para as gerações futuras".