Hoje cumpre-se o Black Out Tuesday, que está a ser assinalado por toda a indústria musical, incluindo em Portugal, para lembrar a morte por asfixia de George Floyd, sob o corpo de um agente policial.
Neste período conturbado nos Estados Unidos, repleto de ações de rua, várias figuras de proa da música continuam a juntar a sua voz à indignação pelo assassinato de George Floyd. Numa mensagem no Instagram, Adele manifestou a sua solidariedade com os protestos contra a violência policial. "É importante que não fiquemos agora desanimados, sequestrados e manipulados. Isto tem a ver com racismo sistemático, com violência policial e desigualdade. E isto não tem a ver só com a América. O racismo está vivo e bem espalhado" pelo mundo.
Peter Gabriel - o defensor de há muito dos direitos humanos e grande oposicionista do antigo regime sul-africano do Apartheid, que escreveu inclusive a canção 'Biko', em homenagem ao ativista negro Steve Biko, morto pelas autoridade policiais - não podia ficar calado. O ex-Genesis publicou uma sequência de três tweets para criticar a tendência política nacionalista e racista atual. "Tal como o restante mundo civilizado, fiquei horrorizado pelo assassinato racista de George Floyd. Este tipo de brutalidade precisa de ser confrontado diretamente, com justiça a ser feita quando e onde quer que seja".
Along with the civilised world I was horrified by the racist murder of George Floyd.
? Peter Gabriel (@itspetergabriel) June 1, 2020
This type of brutality needs to be confronted directly, with justice clearly seen to be done whenever & wherever it occurs. (1/3)#BlackLivesMatter#TheShowMustBePaused#BlackOutTuesday pic.twitter.com/Du60LgJf5d
De máscara e em distanciamento, Fiona Apple foi captada num vídeo a participar numa ação de rua de protesto pela morte de George Floyd, a dizer bem alto com outros manifestantes: "black lives matters" (?as vidas de negros contam?). O protesto decorreu em Los Angeles, onde a cantora norte-americana vive.
O membro da propalada dupla de hip hop Run the Jewels, Killer Mike, tem mostrado a sua indignação em público para o que está a acontecer nos Estados Unidos. ?Parece que ninguém quer saber quando és negro. É por isso que incendeias comunidades, não porque queiras incendiar a comunidade, mas porque sentes que ninguém quer saber de ti?, declarou o rapper norte-americano em entrevista ao jornal britânico The Guardian.