Um em cada três portugueses não sabe se tem dinheiro para comprar comida nos próximos tempos.
É uma das conclusões do estudo elaborado pela Direção-Geral da Saúde (DGS) durante o período de confinamento.
33,7% dos inquiridos diz que está em risco de insegurança alimentar, enquanto 8,3% admitem mesmo já sentir essa dificuldade.
Maria João Gregório, directora do Programa Nacional para a Promoção da Alimentação Saudável da DGS, fala em "números preocupantes".
De acordo com o mesmo inquérito, os portugueses mudaram os hábitos alimentares durante este período de confinamento, com 42% dos inquiridos a admitir uma mudança para pior, com o consumo de mais snacks doces, refeições pré-peradas, refrigerantes e 'take-away'.
Mudanças alimentares associadas sobretudo ao stress (18,6%) e a mudanças de apetite (19,3%).
O sedentarismo aumentou, e mais de metade dos inquiridos (53%) diminui a atividade física, enquanto 70% admitiu passar a maioria do tempo livre em frente à televisão.
Este estudo foi feito em parceria com o Instituto de Saúde Ambiental da Faculdade de Medicina da Universidade de Lisboa, entre 09 de abril e 04 de maio, e contou com uma amostra de 5.874 pessoas.